(In)visible? quilombola children and the necropolitics of childhood in Brazil

Authors

DOI:

https://doi.org/10.5007/1980-4512.2020v22nespp1281

Keywords:

Estado Social – Crise – Direitos Sociais – Trabalho.

Abstract

The text discusses the invisibility surrounding the living conditions of quilombola children in the context of the Covid-19 pandemic, based on the observation of the State's omission in the implementation of public policies for the protection and defense of lives in their territories. In view of the lack of data on the effects of the pandemic on the lives of quilombola children, the reality of the communities of which they are part was reached, and the effects of the necropolitics that, historically, deny them social and territorial rights. In dialogue with theories and research on the Sociology of Childhood and Child Anthropology, childhood is understood as a category that reveals the multiple experiences of children, and in this way, broadens the understanding of social, political and institutional injunctions that cross their territories and identities.

Author Biography

Marcia Lucia Anacleto de Souza, Prefeitura Municipal de Campinas

Doutora (2015) e Mestre (2009) em Educação pela Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). É Pedagoga pela Faculdade de Educação da UNICAMP e desenvolve pesquisas nas seguintes temáticas: educação infantil, infâncias, políticas públicas para a educação das relações étnico-raciais, educação quilombola e educação escolar quilombola, identidade e cultura e etnografia na educação. É pesquisadora do Grupo de Estudos e Pesquisas em Política e Avaliação Educacional (GEPALE) da UNICAMP, e no Grupo de Pesquisas e Estudos a respeito das Crianças, Educação Infantil e Estudos da Infância (UFSCar).

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Published

2020-12-28