Tecelãs de suas histórias, bordadeiras de memórias: resenha do livro “O fio de Filomena”
DOI:
https://doi.org/10.5007/1980-4512.2024.e100567Palabras clave:
Infância, Começos narrativos, Educação leitoraResumen
Essa escrita propõe interrogar, a partir da obra O fio de Filomena, de Michele Giacomitti, a infância como uma força temporal que alarga o horizonte, uma presença enigmática ao longo da vida humana, que inaugura começos na experiência de aprender como se fosse a primeira vez. A reflexão inicia pelos começos inaugurados pela autora e psicóloga Michele Giacomitti, pela iniciativa de dar vida a singular história de Filomena, ao tecer a narrativa entre uma mãe e uma filha. A invenção desta relação permite que Michele borde outros significados não só na ação de compreender crianças pequenas na clínica psicológica, mas também nos começos inaugurados na maternidade. Propomos suspender o tempo cronológico para habitar uma intensa duração no instante presente, uma temporalidade não numerável, uma infância como condição da experiência humana. A infância que permanece em nós potencializa inícios na experiência de tecer um fio que conduz a imprevisibilidade do encontro com o outro.
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