Crianças pequenas terena: reencontros ancestrais em tempos de pandemia
DOI:
https://doi.org/10.5007/1980-4512.2020v22nespp1332Resumo
A pandemia, provocada pela Covid-19, tem provocado complexas e contraditórias reações, gestadas pelo cerceamento das liberdades. Os tempos e os espaços urbanos se mostram apartados de significados e, ao mesmo tempo, são absolutizados. E nas aldeias indígenas? Como esse momento está sendo vivido? Como as crianças estão passando por esses tempos? Seus cotidianos mudaram? Este texto tem como objetivo registrar as narrativas vividas e construídas com crianças pequenas indígenas residentes em quatro aldeias Terena de Miranda (MS): Cachoeirinha, Babaçu, Lalima e Passarinho. A pesquisa tem inspiração na antropologia da infância e se fundamenta em observações, conversas e registros, com o apoio e a mediação de mães, pais, avós, professoras, professores e lideranças indígenas. Parte do pressuposto de que há tempos, espaços e sabedorias ancestrais, presentes no cotidiano das aldeias, que trazem questionamentos e jeitos outros de viver essa inquietante e exigente experiência. Há riscos. Há ensinamentos.
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