Valores, métodos e evidências: objetividade e racionalidade na descoberta da fissão nuclear

Autores

  • Marinês Domingues Cordeiro Universidade Federal de Santa Catarina
  • Luiz O. Q. Peduzzi Universidade Federal de Santa Catarina

DOI:

https://doi.org/10.5007/1982-5153.2016v9n1p235

Resumo

Em filosofia, diz-se que teorias são subdeterminadas pelas evidências, isto é, que não há um conjunto de evidências capaz de determinar uma escolha teórica. Essa questão fica clara no estudo de caso histórico da descoberta da fissão nuclear. Os caminhos tortuosos trilhados por físicos e químicos nucleares mostram as complexidades inerentes ao trabalho científico e os juízos de valor necessários para se guiar a prática científica e resolver anomalias teóricas, metodológicas e mesmo axiológicas. Com o auxílio das visões de ciência de Larry Laudan e Helen Longino, especialmente profícuas para esse episódio, este trabalho busca mostrar que, apesar disso, não se caiu em um abismo ilógico ou irracional nesse período. Uma abordagem educacional desse episódio, centrada nos problemas, na coletividade e na intersubjetividade, tem grande potencialidade para a educação científica.

Biografia do Autor

Marinês Domingues Cordeiro, Universidade Federal de Santa Catarina

É licenciada em física pela Universidade Federal de Santa Catarina. Mestre e doutoranda pelo Programa de Pós-Graduação em Educação Científica e Tecnológica, da mesma instituição, vem pesquisando sobre as relações entre ciência e valores na história da física nuclear e suas potencialidades para a educação científica.

Luiz O. Q. Peduzzi, Universidade Federal de Santa Catarina

É professor do departamento de física da UFSC e doutor pela mesma instituição. Credenciado ao Programa de Pós-Graduação em Educação Científica e Tecnológica, investiga as múltiplas possibilidades da história da ciência para a formação de professores e cientistas.

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Publicado

2016-05-25

Edição

Seção

Artigos