Lady Macbeth: Maternidade, Vilania e Feitiçaria

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5007/2175-8026.2025.e103754

Palavras-chave:

William Shakespeare, Lady Macbeth, Gênero na Idade Moderna, Maternidade

Resumo

O artigo a seguir procura investigar aspectos relacionados aos temas da agência maternal, do poder, da violência e da bruxaria, bem como a forma como são apresentados na Tragédia de Macbeth, do dramaturgo inglês William Shakespeare (c.1564-1616), por meio da personagem Lady Macbeth e das três bruxas que representam a autoridade metafísica no mundo da peça. Para tanto, faz-se uso do arcabouço teórico proporcionado pelos estudos de Harold Bloom (1998), Harold Goddard (1951) e Stephanie Chamberlain (2005), além de outros, cotejado com a análise de passagens-chave da peça, sob um recorte histórico que considera o comportamento de gênero no início da idade moderna, bem como as fontes históricas que inspiraram a criação da peça.

Biografia do Autor

Filipe Chernicharo Trindade, Universidade Federal Fluminense

Graduado em Letras - Inglês pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (2021), atuando principalmente nos seguintes temas: literatura irlandesa, literatura gótica, estudos de gênero e gótico. Mestre em Estudos em Literatura pela Universidade Federal Fluminense (UFF).

Maria das Graças Salgado, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ)

Doutora em Letras pela PUC-RJ (2004), com Pós-doutorado pelo King's College London, Brazilian Institute (2015) e Department of English (2022). É Professora Associada de Inglês do Departamento de Letras e Comunicação da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ). Membro efetivo do Mestrado Acadêmico em Letras: Estudos da Linguagem e Estudos da Literatura. Atua como tradutora do inglês para o português. Traduziu Stefan Zweig and Lotte Zweig's South American Letters: New York, Argentina and Brazil, 1940-42 (Versal 2013) e, mais recentemente, a autobiografia da modernista americana Evelyn Scott, Escapade (Versal 2019). Desenvolve pesquisas no campo da análise crítica do discurso e tem publicações sobre representações sociais de gênero, memória e emoção em diferentes tipos de discurso, principalmente em narrativas autobiográficas, em inglês e em português. É membro e Secretary Treasurer da Evelyn Scott Society, entidade vinculada à American Literature Society (ALA). É líder do grupo de pesquisa GEDIR: Gênero, Discurso e Imagem (CNPq/UFRRJ).

Referências

BLOOM, Harold. Shakespeare: The Invention of the Human. New York: Riverhead Books, 1998.

CHAMBERLAIN, Stephanie. Fantasizing Infanticide: Lady Macbeth and the Murdering Mother in Early Modern England, College Literature, The Johns Hopkins University Press, v. 32, n. 3, p. 72-91, 2005.

GODDARD, Harold. The Meaning of Shakespeare. Chicago: Chicago Press, 1951.

RADVAN, Jonathan PJ. The Three Macbeths: Fact and Fiction. Estudos Germânicos, Belo Horizonte, v. 10, n. 1, p. 49-53, dez., 1989.

SHAKESPEARE, William. Macbeth. Tradução de Barbara Heliodora. São Paulo: Nova Aguilar, 2004.

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Publicado

2025-10-01

Edição

Seção

Estudos Literários e Culturais

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