De Samuel Beckett a Nancy Huston: uma poética da autotradução

Autores

  • Sandra Regina Goulart Almeida Universidade Federal de Minas Gerais
  • Julia de Vasconcelos Magalhães Veras Universidade Federal de Minas Gerais

DOI:

https://doi.org/10.5007/2175-8026.2017v70n1p103

Resumo

Este artigo enfoca a autotradução e o bilinguismo como uma característica essencial para compreender as obras de Samuel Beckett e Nancy Huston e seus projetos literários. Esta análise nos leva a pensar em termos de uma perspectiva mais ampla do termo tradução, que a psicanálise e os estudos literários contemporâneos abordaram. Beckett tinha um projeto literário, que incluía uma subversão da linguagem através do processo de autotradução. Mais do que uma atividade, o processo de tradução e manipulação de duas línguas faz parte de sua inspiração poética. Quando Huston faz uma homenagem explícita a Beckett e se coloca na mesma experiência de escrever em uma língua estrangeira e traduzir seus próprios textos, ela dá um testemunho e também fornece uma chave para a leitura de Beckett de uma perspectiva contemporânea. Apesar das notáveis diferenças entre esses dois autores, afirmamos que a autotradução é parte de seu projeto literário, e é mais do que um evento aleatório para ambos.

Biografia do Autor

Sandra Regina Goulart Almeida, Universidade Federal de Minas Gerais

Professor of Literary Studies at the Federal University of Minas Gerais

Julia de Vasconcelos Magalhães Veras, Universidade Federal de Minas Gerais

PhD candidate in Theory of Literature and Comparative Literature at the Federal University of Minas Gerais and the École Doctorale Pratiques et Théories du Sens of the Université Paris 8 Vincennes-Saint Dennis

Publicado

2017-01-27

Edição

Seção

Artigos