Por um lugar no império: inglesidade, pertencimento negro e memória nacional em dois contos de Andrea Levy
DOI:
https://doi.org/10.5007/2175-8026.2017v70n1p17Resumo
Este trabalho objetiva examinar a interrogação da inglesidade (Englishness) pela ficcionista britânica negra Andrea Levy a partir do lugar ocupado por ela como cidadã britânica, descendente de migrantes caribenhos negros. O questionamento é situado no quadro da construção identitária que segue ao contato dos ingleses com seus outros, especialmente no contexto da geração Windrush. Entrevistas e, sobretudo, o ensaio “Back to my own country” ajudam a dimensionar a influência da prática e pensamento racista tanto nas relações sociais e culturais quanto na invisibilização da escravidão negra na história oficial da Inglaterra. Considera-se a escrita como a forma escolhida por Levy para posicionar-se frente a essa omissão histórica, e analisam-se, como forma de exemplificar tal práxis ficcional, dois contos que visibilizam as relações entre os coloniais negros e a população hegemônica inglesa, “The polite way that English people have” e “The empty pram”.
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