O american dream e a cultura das aparências em Little Caesar, de Meryvn Leroy

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5007/2175-8026.2017v70n1p233

Resumo

Considerado o precursor dos filmes sonoros de gângster do chamado período “clássico” desse gênero, Little Caesar, dirigido por Mervyn LeRoy em 1931, narra o percurso do protagonista Rico Bandello (Edward G. Robinson) da sua ascensão à liderança da gangue à sua queda no final do filme. Little Caesar, além de estabelecer os parâmetros seguidos pelas narrativas dos filmes de gângster a partir dos anos 1930, também contribuiu para que o gângster se tornasse um ícone da cultura norte-americana graças à disseminação de sua figura por meio da indústria cultural, principalmente no cinema. Nosso objetivo com o presente trabalho é, por meio da análise de algumas cenas do filme, verificar de que maneira se configuram a cultura das aparências e a ideologia do American Dream ao longo da narrativa.

Biografia do Autor

Elder Kôei Itikawa Tanaka, Universidade de São Paulo

Doutor em Literatura e Cinema Norte-Americano junto à Universidade de São Paulo, USP, com período de doutorado sanduíche com bolsa Capes/Fulbright filiada à University of Pennsylvania - EUA. Mestre em Literatura e Cinema Norte-Americano pela Universidade de São Paulo (2011). Tem experiência na área de cultura, atuando principalmente nos seguintes temas: literatura e cinema norte-americanos, história de Hollywood, censura no cinema hollywoodiano.

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Publicado

2017-01-27

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Artigos