Traduções colaborativas: o caso das fanfictions

Autores

  • Fabíola do Socorro Figueiredo dos Reis Universidade Federal do Amapá - Campus Binacional
  • Izabela Guimarães Guerra Leal Universidade Federal do Pará
  • Christiane Stallaert University of Antwerp

DOI:

https://doi.org/10.5007/2175-8026.2018v71n2p93

Resumo

Este artigo apresenta os resultados de uma pesquisa sobre a tradução voluntária e colaborativa de fanfictions, histórias escritas por fãs, presentes com maior ocorrência nos últimos anos na internet. Embora a tradução colaborativa não seja um fenômeno novo, tendo sido documentada na história da tradução no Ocidente e nas culturas não ocidentais, na era digital esta forma de traduzir ganha novas dimensões. Duas traduções de fanfictions (intituladas “Palavras com Estranhos” e “Palavras com Amigos”) realizadas por um grupo online com 33 tradutoras no Brasil servirão como exemplos para salientar algumas características da tradução colaborativa de fanfictions realizada na internet. A pesquisa revela o caráter coletivo da prática tradutória, elaborada e publicada online por tradutoras femininas não profissionais. Nossa análise destaca o trabalho em “cadeia”, a interação entre tradutores e leitores, e o processo de elaboração marcado por tempos específicos que resultam dessa dupla interação: entre as tradutoras, por um lado, e entre tradutor-leitor, por outro. 

 

Biografia do Autor

Fabíola do Socorro Figueiredo dos Reis, Universidade Federal do Amapá - Campus Binacional

Professora Adjunta na Universidade Federal do Amapá.

Doutora em Estudos Literários (Universidade Federal do Pará).

Doutora em Estudos da Tradução (University of Antwerp).

Izabela Guimarães Guerra Leal, Universidade Federal do Pará

Professora Adjunta de Literatura Portuguesa na Universidade Federal do Pará. 

Doutora em Letras. 

Christiane Stallaert, University of Antwerp

Professora Adjunta na Universidade da Antuérpia (Bélgica). 

Referências

BUZELIN, Hélène. Agents of Translation. In Handbook of Translation Studies – volume 2. Amsterdam/Philadelphia: John Benjamins Publishing Company, 2011, p. 6-12.

CRONIN, Michael. Translation in the digital era. New York: Routledge, 2013.

FANTINATTI, Tatiana Arze. Mitotradução em Grande Sertão: Veredas – Enfoque Descritivo e Receptivo da Interculturalidade Ítalo-Brasileira. Tese (Doutorado em Letras Neolatinas, UFRJ), Rio de Janeiro, 2009, 190 p. Disponível em http://www.letras.ufrj.br/pgneolatinas/media/tatianaarzefantinattidoutorado.pdf. Acesso em 27 de junho de 2015.

HILLS, Matt. Fan Cultures. Nova York: Routledge, 2002.

HUNG, Eva. “And the Translator is…” – Translators in Chinese History. In Translating Others (org. Theo Hermans). Manchester – UK: St. Jerome Publishing, 2006, p. 13-31).

JENKINS, Henry. Textual Poachers. New York: Routledge, 2006.

LEFEVERE, André. Tradução, Reescrita e Manipulação da Fama Literária. Florianópolis: EDUSC, 2007.

O’BRIEN, Sharon. Collaborative Translation. In Handbook of Translation Studies – volume 2. Amsterdam/Philadelphia: John Benjamins Publishing Company, 2011, p. 17-20.

O’HAGAN, M; ASHWORTH, D. Translation-Mediated Communication in a Digital World – Facing the Challenges of Globalization and Localization. London: Cromwell Press, 2002.

TYMOCZKO, Maria (2006). Reconceptualizing Western Translation Theory – Integrating Non-Western Thought about Translation. In Translating Others (org. Theo Hermans). Manchester – UK: St. Jerome Publishing, 2006: 13-31.

Downloads

Publicado

2018-06-05