“Chora, fala, faz pipi”: Valores de modalidade e affordances do brincar no discurso contemporâneo sobre bonecas

Autores

  • Danielle Almeida UFPB/CNPq

DOI:

https://doi.org/10.5007/2175-8026.2018v71n3p143

Resumo

As bonecas estão no mercado de brinquedos há mais de cem anos, já que a firma francesa Jumeau entrou na indústria do brinquedo no século 19 e começou a produzir 'bébés', considerado o maior fenômeno do mercado de brinquedos (FLEMING, 1996). O objetivo desta análise é lançar alguma luz sobre as propriedades multimodais fornecidas pelos textos auditivos, verbais e visuais dos pacotes de bonecas brasileiras através de um olhar cuidadoso sobre seus significados textuais e contextuais, ancorado em Kress & Van Leeuwen's (2006) subsistema de modalidade (valor da realidade), dentro da metafunção visual interpessoal. As análises dos pacotes de bonecos de bebê apontam para papéis sugeridos para jovens jovens desde a idade mais precoce, variando de papéis para pais, eles são convidados a preencher mais tarde na vida como futuras mães para habilidades médicas que são encorajados a dominar para cuidar e nutrir para seus "filhos".

Biografia do Autor

Danielle Almeida, UFPB/CNPq

Danielle Almeida é licenciada em pós-doutorado pela Universidade de Buenos Aires, onde trabalhou como estudiosa visitante em 2013. Sua pesquisa de doutorado na Universidade Federal de Santa Catarina incluiu estudos de co-tutoria na Universidade de Nova Gales do Sul em Sydney, Austrália. Atualmente é professora associada na Universidade Federal da Paraíba, Brasil. Em 2015, o Dr. Almeida recebeu uma Bolsa de Pesquisa de Produtividade pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) no Brasil. Os interesses dela são sobre gramática visual, multimodalidade, estudos culturais e de mídia. Ela coordena o Grupo de Pesquisa de Semiótica Visual e Multimodalidade (GPSM). E-mail: danielle.almeida@gmail.com

Referências

Brougère, G. (2014) Toys or the Rhetoric of Children’s Goods. In: Machin, D. (ed.). Visual Communication. Series:Handbooks of Communication Science [HoCS] Vol. 4. Berlin: DeGruyter Mouton.

Caldas-Coulthard, C. R. & Leeuwen, T. (2002) Baby’s First Toys and the Discursive Constructions of Babyhood. In: Folia Linguistica 35 (1-2).

Caldas-Coulthard, C. R. & Leeuwen, T. (2002) Stunning, Shimmering, Iridescent: Toys as the Representation of Gendered Social Actors. In Litosseliti, Lia & Sunderland, Jane (Eds.), Gender Identity and Discourse Analysis, Amsterdam: John Benjamins, pp. 91- 108.

Fleming, D. (1996) Powerplay: toys as popular culture. Manchester: Manchester University Press.

Jewitt, C.; Oyama, R. (2001) Visual Meaning: a Social Semiotic Approach. In: Handbook of Visual Analysis. London: Sage.

Kline, S. (1993) Out of the Garden: Toys and Children’s Culture in the Age of Marketing. London: Verso Press.

Knafo, D. (2017) The Age of Perversion: Desire and Technology in Psychoanalysis and Culture. USA: Routledge.

Kress, G. & van Leeuwen, T. (2006). Reading images: The Grammar of Visual Design. London: Routledge.

Machin, D.; van Leeuwen, T. (2009). Toy as discourse: children's war toys and the war on terror. Critical Discourse Studies, 6 (1), pp. 51 – 64. Routledge.

Peers, J. (2004) The Fashion Doll: from Bébé Jumeau to Barbie. Oxford: Berg.

Unsworth, L. (2001) Describing Visual Literacies. In: Teaching Multiliteracies across the Curriculum – Changing contexts of texts and image in classroom practice. Philadelphia: Open University Press. pp. 71-112.

van Leeuwen, T. & Caldas-Coulthard, C. (2000) Iconography of the Pram Rattle – A Research for the Toys as Communication Research Programme.

Varney, W. (2000) Toys, play and participation. In: Brian Martin (ed.), Technology and Public participation. Wollongong, Australia: Science and Technology Studies, University

of Wollogong, p. 15- 36.

Varney, W. (2002) Love in Toytown. M/C: A Journal of Media and Culture, 5,(6)

Winnicott, D.W. (1971). Playing and reality. London: Tavistock.

Publicado

2018-09-03

Edição

Seção

Artigos