#ELEITAS: violência simbólica e resistência em interações na página Quebrando o Tabu no Facebook sobre a participação feminina na política
DOI:
https://doi.org/10.5007/2175-8026.2022.e85580Palavras-chave:
Violência simbólica, Gênero, Resistência, Facebook, Discurso Mediado por ComputadorResumo
Este artigo tem como objetivo principal compreender como a violência simbólica de gênero se manifesta nas trocas interacionais sobre a participação feminina em cenários de poder, como o da política, e identificar formas de resistência criadas pelas mulheres frente a possíveis manifestações de violência de gênero nos comentários das publicações analisadas. Para esse fim, a postagem foi analisada com base na pesquisa da Análise do Discurso Crítica (FAIRCLOUGH, 1989; 1992) e com o auxílio da Análise de Discurso Mediada por Computador, de Herring (2001; 2004). Entre os resultados, foi possível identificar que a violência simbólica nesse contexto pode ocorrer por meio de humor sexista, estereótipos, assim como de depreciação, o que permite analisar a reação das mulheres participantes, que usaram discursos contra-hegemônicos como estratégia de resistência à exposição de injustiças.
Referências
ALBUQUERQUE, Juliene Tenório; ALVES, Elba Ravane. Apontamentos sobre a violência contra a mulher na política institucional brasileira. Revista Debates Insubmissos, Caruaru, PE. Brasil, Ano I, v.1, nº 2, mai./ago. 2018. Disponível em: https://periodicos.ufpe.br/revistas/debatesinsubmissos/article/view/236968. Acesso em 20 out 2021.
ALVAREZ, Sonia E. Para além da sociedade civil: reflexões sobre o campo feminista. Cadernos Pagu, Campinas, SP, v. 43. Núcleo de Estudos de Gênero - Pagu/Unicamp, 2014, pp.13-56. Disponível em: https://www.scielo.br/j/cpa/a/9Y7dMKrDrFSGDyCJLW45Gpw/abstract/?lang=pt. Acesso em 30 set. 2021.
APPERLEY, Thomas; JAYEMANE, Darshana. A virada material dos game studies. Lumina, vol.1, n.11, 2017. Disponível em: https://lumina.ufjf.emnuvens.com.br/lumina/article/view/721. Acesso em 23 jan. 2021.
BATISTA JR, José Ribamar Lopes; SATO, Denise Tamaê Borges; MELO; Iran Ferreira de. Introdução. In: BATISTA Jr., Ribamar Lopes, SATO, Denise Tamaê Borges, MELO, Iran Ferreira. Análise de discurso crítica para linguistas e não linguistas. São Paulo: Parábola, 2018.p. 7-19.
BOURDIEU, Pierre. O Poder Simbólico. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1989.
BOURDIEU, Pierre. O Poder Simbólico. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1989.
BOURDIEU, Pierre. A dominação masculina. 2ª ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2002.
BOYD, Dana. Social Network Sites as Networked Publics: Affordances, Dynamics, and Implications. In: PAPACHARISSI, Zizi. Networked Self: Identity, Community, and Culture on Social Network Sites. Londres: Routledge, 2010. p. 39-58.
COLLINS, Patricia Hill. Pensamento feminista negro: o poder da autodefinição. In: HOLANDA, Heloisa Buarque de. Pensamento feminista: conceitos fundamentais. Rio de Janeiro: Bazar do Tempo, 2019. p. 271-312.
FAIRCLOUGH, Norman. Language and power. London: Longman, 1989.
FAIRCLOUGH, Norman. Discurso e mudança social. – 2. ed. – Brasília: Editora Universidade de Brasília, 2016 [1992].
FOUCAULT, Michel. História da sexualidade I: a vontade de saber. Rio de Janeiro: Graal, 1988.
HABNER, June. Honra e distinção das famílias. In: PINSKY, Carla Bassanezi; PEDRO, Maria Joana. Nova História das mulheres no Brasil. – 1. ed., 4 ª reimpressão. – São Paulo: Contexto, 2020. p. 43-64.
HERRING, Susan. Computer-mediated discourse. In: SCHIFFRIN, Deborah; TANNEN, Deborah; HAMILTON, Heidi (Eds.). The Handbook of Discourse Analysis.2001. p. 612-634.
HERRING, Susan. Computer-mediated discourse analysis: An approach to researching online behavior. In: BARAB, Sasha. A.; KLING, Rob.; GRAY, James (Eds.). Designing for Virtual Communities in the Service of Learning. New York: Cambridge University Press, 2004. p. 338-376.
HIDALGO, Luisa da Silva. Marielle vive: Política, violência simbólica nas redes sociais. Revista Memento, v. 11, n. 1, 2020. Disponível em: http://periodicos.unincor.br/index.php/memento/article/view/6049. Acesso em 25 nov. 2021.
KURTZ, Gabriela Birnfeld. “Se tiver meninas, melhor ainda”: análise da participação feminina no jogo Dota 2 no Brasil. In: XXXVIII Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação, Intercom. Rio de Janeiro, RJ, 2015. p. 1-15. Disponível em: https://dropsdejogos.uai.com.br/wp-content/uploads/sites/10/2016/04/portalintercom.org.br_anais_nacional2015_resumos_R10-2823-1.pdf. Acesso em 26 jan 2022.
LÉVY, Pierre. O que é virtual?. São Paulo: Ed. 34, 1996.
LIMONGI, Fernando; OLIVEIRA, Juliana de Souza; SCHMITT, Stefanie Tomé. Sufrágio universal, mas - só para homens: o voto feminino no Brasil. Revista de Sociologia e Política, Curitiba, v. 27, n. 70, p. 1-22, 2019. Disponível em: https://bibliotecadigital.tse.jus.br/xmlui/handle/bdtse/7722. Acesso em: 15 out. 2020
MIGUEL, Luis Felipe. Gênero e representação política. IN: MIGUEL, Luis Felipe; BIROLI, Flávia. Feminismo e política: uma introdução. – 1. ed. – São Paulo: Boitempo, 2014.
PISTICELLI, Adriana. Gênero: a história de um conceito. In: ALMEIDA, Heloisa Buarque de; SZWAKO, José Eduardo. Diferenças, igualdade. São Paulo, Berlendis & Vertecchia, 2009. p. 116-148.
RECUERO, Raquel. Redes sociais na internet. Porto Alegre: Sulina, 2009.
RECUERO, Raquel. Atos de ameaça à face e à conversação em redes sociais na internet. In: PRIMO, Alex (org.). Interações em Rede. Porto Alegre: Sulina, v. 1, 2013. p. 51-70. Disponível em: https://www.editorasulina.com.br/img/sumarios/605.pdf. Acesso em 21 mai. 2021
RESENDE, Viviane de Melo; RAMALHO, Viviane. Análise de discurso crítica. São Paulo: Contexto, 2006.
ROSEMBERG, Fúlvia. Mulheres educadas e a educação das mulheres. In: In: PINSKY, Carla Bassanezi; PEDRO, Maria Joana. Nova História das mulheres no Brasil. – 1. ed., 4ª reimpressão. – São Paulo: Contexto, 2020. p. 333-359.
ROSSINI, Patrícia Gonçalves da Conceição. Da rede para as ruas: mídias sociais como novas “armas” na luta por reconhecimento? . C&S – São Bernardo do Campo, v.36, n. 1, p. 301-325, jul/dez. 2014.
SCOTT, Ana Silvia. O caleidoscópio dos arranjos familiares. In: PINSKY, Carla Bassanezi; PEDRO, Maria Joana. Nova História das mulheres no Brasil. – 1. ed., 4 ª reimpressão. – São Paulo: Contexto, 2020. p. 15-42.
SOUZA, Rafael Benedito de. Formas de pensar a sociedade: o conceito de habitus, campos e violência simbólica em Bourdieu. Ars Historica, n. 7, p. 139-151, 2014. Disponível em: https://dialnet.unirioja.es/servlet/articulo?codigo=4766705. Acesso em 10 out. 2021.
STREY, Marlene. Violência e gênero: um casamento que tem tudo para dar certo. In: GROSSI, Patrícia K (org.) Violências e gênero: coisas que a gente não gostaria de saber. 2ª ed. Porto Alegre: EDIPUCRS, 2012
VIEGAS, Paula; RECUERO, Raquel. Violência simbólica de gênero na publicidade digital. In: XXXVII Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação, Foz do Iguaçu, PR, 2014. p. 1-15.
VIEIRA, Josenia Antunes, MACEDO, Denise Silva. Conceitos-chave em análise de discurso crítica. In: BATISTA Jr., Ribamar Lopes, SATO, Denise Tamaê Borges,MELO, Iran Ferreira. Análise de discurso crítica para linguistas e não linguistas. São Paulo: Parábola, 2018. p. 48-77.
ZIZEK, Slavoj. Violência: seis reflexões laterais. 1.ed. São Paulo, Boitempo, 2014.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2022 Graciele Urrutia Dias Silveira
![Creative Commons License](http://i.creativecommons.org/l/by/4.0/88x31.png)
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
A revista Ilha do Desterro publica artigos e resenhas inéditos, referentes as áreas de Inglês, Literaturas em Língua Inglesa e Estudos Culturais. Publica volumes mistos e/ou temáticos, com artigos e resenhas em inglês e português.
Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
This work is licensed under a Creative Commons Attribution 4.0 International License.