Do centro à margem: visões ecocríticas no pensamento contemporâneo
DOI:
https://doi.org/10.5007/2175-8026.2023.e92573Palavras-chave:
Humanidade, animalidade, máquina antropológicaResumo
O estudo visa iluminar os desdobramentos acerca da animalidade no debate teórico-crítico contemporâneo, no domínio dos estudos literários. Estabelecendo um diálogo, sobretudo, entre as reflexões de Gabriel Giorggi, Giorgio Agamben, Dominique Lestel e o pensamento de fronteira suscitado por Ailton Krenak e Eduardo Viveiros de Castro, pretende-se indagar sobre o papel da animalidade na construção de outras traduções do humano. Sob essa formatação, evidenciam-se tensões inconciliáveis contidas na concepção antropocêntrica do humano e do animal, para muito além do debate filosófico. Em face dessa discussão, revelam-se formas alternativas de se pensar não somente a animalidade, mas, também, a humanidade, o que acarreta a ruptura com a produção dos corpos e das subjetividades, gerida pelo imaginário estatal.
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