Oscar Wilde: dos estudos clássicos à crítica como arte

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5007/2175-8026.2024.e96423

Palavras-chave:

Oscar Wilde, Esteticismo Britânico, Recepção Clássica, Teoria Crítica, Crítica de Arte

Resumo

Este artigo examina os cadernos que Oscar Wilde utilizou para seus estudos no curso de Literae Humaniores na Universidade de Oxford e os conecta às suas obras de maturidade para esclarecer alguns aspectos da influência da literatura grega antiga sobre sua concepção moderna de crítica de arte. Mais especificamente, este artigo esclarece como ele se valeu de certas ideias propostas por seus precursores—como a ideia de crítica proposta por Matthew Arnold, a ideia de crítica impressionista proposta por Walter Pater e a ideia da regência de uma arte canônica proposta por John Addington Symonds—para substanciar uma proposta bastante ousada à intelectualidade e ao meio cultural vitorianos: a de que na modernidade vitoriana o crítico deve ser elevado à condição de artista e sua crítica à condição de arte por sua própria conta.

Biografia do Autor

Fábio Waki, Universidade de São Paulo

Bacharel em Estudos Literários (2012) e Mestre em Linguística - Estudos Clássicos (2015) pela Universidade Estadual de Campinas e Doutor em Materialidades da Literatura (2021) pela Universidade de Coimbra. É no momento Pesquisador de Pós-Doutorado na Cátedra W.B. Yeats no Departamento de Letras Modernas - Inglês (2023) da Universidade de São Paulo. Foi pesquisador visitante nos Departamentos de Inglês da King’s College London (2015) e da Universidade de Estocolmo (2018).

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Publicado

2023-12-22

Edição

Seção

Estudos Literários e Culturais

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