Neither sword nor pen: phallacious impotence
Resumo
Este artigo explora crises narrativas no romance pós-colonial Midnight’s Children, de Salman Rushdie, ao expor seus mecanismos de (re)solucão. Parte-se do argumento principal de que nem as narrativas de fechamento nem as de abertura textual são redutíveis a uma política mimética (de determinismo ou relativismo, para dar apenas dois exemplos), uma vez que o texto potencializa a desmistificação de seu controle solipsista pelo autor ou pelo leitor. Essa irredutibilidade é demonstrada à medida que o discurso de impotência autoral do narrador distrai o leitor do discurso de legitimação falocêntrica de autor-idade para incrementar a confiabilidade de sua política, tanto identitária quanto não-identitária. Algumas questões discutidas são: Como os discursos contraditórios do narrador suprimem conflitos de classe e gênero em suas diversas narrativas? Em que sentido podemos perceber tal supressão como uma ‘crítica complícita’ (Hutcheon) de narrativização autor-itária? Quais as estratégias narrativas exploradas pelo(s) narrador(es) de Rushdie e suas personagens para simular mudança e dissimular inércia, impedindo a relacionalidade dialógica com o outro enquanto eu, e com o eu enquanto outro?Downloads
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Copyright (c) 2005 Eliana de Souza Ávila
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