Os deuses e os mortos: maldição dos deuses ou maldição da História?
Abstract
O tema da decadência na representação da experiência de grandes familias ligadas à propriedade da terra e à monocultura ganhou relevo no cinema brasileiro do final dos anos 60, início dos 70. Os Herdeiros (Carlos Diegues, 1969) focaliza a crise dos barões do café; A Casa Assassinada (Saraceni, 1971) traz a crônica da decadência patriarcal no interior de Minas, e O Dragão da Maldade (Glauber Rocha, 1969) inclui a questão do declínio do mundo doméstico dos coronéis do sertão na representação dos conflitos já presentes em Deus e o Diabo. Em Os Deuses e os Mortos (1970), de Ruy Guerra, o discurso sobre um mundo em desintegração assume papel central na composição dramática. Esta focaliza os conflitos entre a tradição dos proprietários de terra e a intervenção dos comerciantes na zona do cacau, sul da Bahia, no período da Primeira república.
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Copyright (c) 1997 Ismail Xavier
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