Glue, os romances de Trainspotting e a transição da solidariedade da classe trabalhadora para o empreendedorismo neoliberal

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5007/2175-8026.2021.e74649

Resumo

Este artigo discute alguns dos romances de Irvine Welsh, considerando o período de transição da sociedade industrial para a pós-industrial. Nós nos concentramos nos efeitos dessa mudança em personagens fictícios oriundos  das classes trabalhadoras em Edimburgo, conforme representado em Glue (2001) de Welsh e nos romances Trainspotting. Como essas obras cobrem o período do início dos anos 1970 ao final de 2010, Welsh evidencia a mudança do ethos tradicional da classe trabalhadora, tipificado pela solidariedade sindical, para a cultura neoliberal de empreendedorismo e seus aspectos negativos. Propomos discutir como Welsh descreve as práticas neoliberais, representando os trabalhadores como redundantes devido às novas circunstâncias ou criando novas formas de exploraçãodo trabalho.

Biografia do Autor

Amaury Garcia Santos Neto, Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro

Mestre em Literaturas de Língua Inglesa pela UERJ. Doutorando em Literatura, Cultura e Contemporaneidade pela PUC-Rio. Realiza pesquisa sobre autobiografia, romances autobiográficos e afetos causados por leituras dialógicas entre tais discursos.

Referências

Clarke, Peter. Hope and Glory: Britain 1900-2000. Penguin Books, 2004.

Harvey, David. A Brief History of Neoliberalism. Kindle ed., Oxford University Press,

Leishman, David. “A Parliament of Novels: the Politics of Scottish Fiction 1979-1999.”

Revue Française de Civilisation Britannique, vol. 14, no. 1, 2006, pp. 123-36.

Morace, Robert. Welsh’s Trainspotting. Continuum, 2001.

______. Irvine Welsh (New British Fiction). Palgrave MacMillan, 2007.

Skinner, John. “Contemporary Scottish Novelists and the Stepmother Tongue”.

English Literature and Other Languages, edited by Ton Hoenselaars and Marius

Buning, Rodopi, 1999, pp. 211-220.

Thatcher, Margaret. “Margaret Thatcher: a life in quotes”. The Guardian, 8 April 2013,

theguardian.com/politics/2013/apr/08/margaret-thatcher-quotes. Accessed 21

May 2020.

Vernon, James. Modern Britain: 1750 to the Present. Cambridge UP, 2017.

Welsh, Irvine. Trainspotting. Secker and Warburg, 1993.

______. Glue. London: Vintage, 2002.

______. The Blade Artist. Jonathan Cape, 2016.

______. Porno. Jonathan Cape, 2002.

______. Skagboys. Jonathan Cape, 2012.

______. Dead Men’s Trousers. Jonathan Cape, 2018.

Young, Hugo. “Margaret Thatcher left a dark legacy that has still not disappeared.”

The Guardian, 8 April 2013, theguardian.com/politics/2013/apr/08/margaretthatcher-

hugo-young. Accessed 30 May 2020.

Publicado

2021-01-28

Edição

Seção

Contextos literários: gênero, identidade e resistência