Monster as can be: o gótico contemporâneo em I am Mother

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5007/2175-8026.2021.e75983

Resumo

Este trabalho investiga como o filme I am Mother (2019), dirigido por Grant Sputore, traz para o centro da narrativa a relação entre mãe e filha e faz convergir na primeira as figuras da mãe nutridora e da mãe destruidora, ora uma mãe-máquina, ora um corpo-monstruoso, na tentativa de criar um ser humano perfeito. Logo, buscaremos analisar, com recurso à poética gótica, as relações entre as personagens femininas que em momentos diferentes ocupam o lugar central do ser mãe, assim como também questionaremos o processo de construção de identidade feminina em um futuro pós-humano. Para atingir tais objetivos, foram utilizados como referencial teórico, sob a lente do gótico contemporâneo, conceitos de monstruosidade, de mãe nutridora/destruidora e de abjeção.

Biografia do Autor

Caroline Façanha Mathias, UERJ

Carol Façanha tem 27 anos, é escritora e doutoranda de literatura de língua inglesa na Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ).

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Publicado

2021-01-28

Edição

Seção

Narrativas audiovisuais na contemporaneidade