Análise facetada: um estudo metodológico
DOI:
https://doi.org/10.5007/1518-2924.2025.e103083Palavras-chave:
Análise Facetada, Classificação Facetada, Métodos de Pesquisa e AnáliseResumo
Objetivo: A análise facetada é uma abordagem de um sistema de organização do conhecimento, mais especificamente de um sistema de classificação, que representa e categoriza o conhecimento de acordo com facetas, isto é, se difere do modelo enumerativo, que classificam por disciplinas. É um sistema diferente dos tradicionais e se observa que há uma grande procura por estudos sobre ele. Dessa maneira, o objetivo do artigo foi analisar artigos de periódicos científicos que trouxesse a respeito do que é análise facetada e como se dá sua aplicação.
Método: Para isso, foi realizado um levantamento na base de dados Library Information Science and Technology Abstracts, tendo como cobertura artigos completos publicados em português, inglês e espanhol em um período de 12 anos (2012-2023). Foi realizado a análise a partir do método da análise de conteúdo e a partir dos mapas conceituais, a fim de demonstrar de forma visual os conceitos e suas respectivas relações de acordo com o material analisado.
Resultado: Percebeu-se que a análise facetada possui duas distintas acepções (teoria e método), porém não é bem trabalhada nos textos; principalmente no que diz respeito a análise de facetas como método; mas apesar disso, foi possível compreender seus conceitos e definições como teoria.
Conclusões: Conclui-se que a análise facetada pode ser considerada um método e uma abordagem teórica. Ela pode ser aplicada em diversos contextos, inclusive em ambientes web. Possui um processo rigoroso em relação à sua análise terminológica e procura olhar o conhecimento sob diferentes prismas.
Downloads
Referências
AITCHISON, J.; GILCHRIST, A.; BAWDEN, D. Thesaurus construction and use: a spractical manual. London: Fitzroy Dearborn, 2002. DOI: https://doi.org/10.4324/9780203402986
BARBOSA, A. P. Classificações facetadas. Ciência da Informação, Rio de Janeiro, v. 1, n. 2, p. 73-81, 1972.
BARDIN, L. Análise de conteúdo. Lisboa: Edições 70, 1977.
BATLEY, S. Classification in theory and practice. Inglaterra: Chandos Publishing, 2005. DOI: https://doi.org/10.1533/9781780630748
BERTI JUNIOR, D. W.; ANDRADE, I A.; CERVANTE, B. M. N. Mapas conceituais: uma ferramenta tecnológica aplicada a organização da informação e do conhecimento. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE BIBLIOTECONOMIA, DOCUMENTAÇÃO E CIÊNCIA DA INFORMAÇÃO, 24., 2011, Maceió. Anais [...]. Maceió: FEBAB, 2011.
BETTANY-SALTIKOV, J. How to do a systematic literature review in nursing: a step-by-step guide. New York: Open University Press, 2012.
BROUGHTON, V. Facet analysis: the evolution of an idea. Cataloging & Classification Quarterly, [s. l.], v. 61, n. 5-6, p. 411-438, 2023. DOI: https://doi.org/10.1080/01639374.2023.2196291
BROUGHTON, V. Facet analytical theory as a basis for a knowledge organization tool in a subject portal. In: INTERNATIONAL ISKO CONFERENCE, 7., 2002, Granada, Spain. Proceedings […]. Granada, Spain: Challenges in knowledge representation and organization for the 21st century: integration of knowledge across boundaries, 2002.
BROUGHTON, V. Faceted classification as a basis for knowledge organization in a digital environment; the Bliss Bibliographic Classification as a model for vocabulary management and the creation of multidimensional knowledge structures. New review of hypermedia and multimedia, [s. l.], v. 7, n. 1, p. 67-102, 2001. DOI: https://doi.org/10.1080/13614560108914727
BROUGHTON, V.; SLAVIC, A. Building a faceted classification for the humanities: principles and procedures. Journal of documentation, [s. l.], v. 63, n. 5, p. 727-754, 2007. DOI: https://doi.org/10.1108/00220410710827772
CHO, H. et al. Facet analysis of anime genres: the challenges of defining genre information for popular cultural objects. Knowledge Organization, [s. l.], v. 45, n. 6, p. 484-499, 2018. DOI: https://doi.org/10.5771/0943-7444-2018-6-484
CMAP. CmapTools: construct, navigate, share and criticize. c2024. Disponível em: https://cmap.ihmc.us/cmaptools/. Acesso em: 17 set. 2024.
DUARTE, E. A.; CERQUEIRA, R. F. P. Análise facetada: um olhar face a modelagem conceitual. Revista digital de biblioteconomia e ciência da informação, [s. l.], v. 4, n. 2, p. 39-52, 2007. DOI: https://doi.org/10.20396/rdbci.v4i2.2020
EBSCO. About EBSCO. c2024. Disponível Em: https://www.ebsco.com/about. Acesso em: 17 set. 2024.
EBSCO. Abstracting & Indexing Database: Library, Information Science and Technology Abstracts. c2024. Disponível em: https://www.ebsco.com/products/research-databases/library-information-science-and-technology-abstracts. Acesso em: 17 jul. 2024.
GALVÃO, M. C. B.; RICARTE, I. L. M. Revisão sistemática da literatura: conceituação, produção e publicação. Logeion: filosofia da informação, Rio de Janeiro, [s. l.], v. 6, n. 1, p. 57-73, 2019. DOI: https://doi.org/10.21728/logeion.2019v6n1.p57-73
GREEN, R. Facet analysis and semantic frames. Knowledge Organization, [s. l.], v. 44, n. 6, p. 397-404, 2017. DOI: https://doi.org/10.5771/0943-7444-2017-6-397
GNOLI, C. Notation. Knowledge organization, [s. l.], v. 45, n. 8, p. 667-684, 2018. Disponível em: https://www.isko.org/cyclo/notation. Acesso em: 17 set. 2024. DOI: https://doi.org/10.5771/0943-7444-2018-8-667
HJØRLAND, B. Facet analysis: the logical approach to knowledge organization. Information processing and management, [s. l.], v. 49, p. 545-557, 2013. DOI: https://doi.org/10.1016/j.ipm.2012.10.001
HJØRLAND, B. Is facet analysis based on rationalism? a discussion of Satija (1992), Tennis (2008), Herre (2013), Mazzocchi (2013b), and Dousa & Ibekwe-SanJuan (2014). Knowledge Organization, [s. l.], v. 41, n. 5, p. 369-376, 2014. DOI: https://doi.org/10.5771/0943-7444-2014-5-369
INSKIP, C.; MCFARLANE, A.; RAFFERTY, P. Towards the disintermediation of creative music search: analyzing queries to determine important facets. Int J Digit Libr, [s. l.], n. 12, p. 137-147, 2012. DOI: https://doi.org/10.1007/s00799-012-0084-1
KÖSHE, J. C. Fundamentos de metodologia científica: fundamentos da ciência e iniciação à pesquisa. Petrópolis: Editora Vozes, 1997.
LA BARRE, K. Facet analysis. Annual review of information science and technology, [s. l.], v. 44, n. 1, p. 243-284, 2010. Disponível em: https://doi.org/10.1002/aris.2010.1440440113. Acesso em: 17 set. 2024. DOI: https://doi.org/10.1002/aris.2010.1440440113
LEE, D.; ROBINSON, L. The heart of music classification: toward a model of classifying musical medium. Journal of documentation, [s. l.], v. 74, n. 2, p. 258-277, 2017. DOI: https://doi.org/10.1108/JD-08-2017-0120
MOREIRA, W. Relações entre os conceitos de classificação e de categorização: alguns subsídios da literatura periódica brasileira de ciência da informação. In: ENCONTRO NACIONAL DE PESQUISA EM CIÊNCIA DA INFORMAÇÃO, 21., 2021. Anais [...]. Rio de Janeiro: IBICT: UFRJ, 2021.
NETTO, C.; LIMA, G. B. O.; PIEROZZI JÚNIOR, I. An application of facet analysis theory and concept maps for faceted search in a domain ontology: preliminary studies. Knowledge Organization, [s. l.], v. 43, n. 4, p. 254-264, 2016. DOI: https://doi.org/10.5771/0943-7444-2016-4-254
NGUYEN, H. B.; PHAM, Q. N. Concept mapping influencing students’ ability to summarize reading passages. European journal of education studies, [s. l.], v. 4, n. 4, p. 306-319, 2018.
PACKALÉN, S.; HENTTONEN, P. Ambiguous labels: facet analysis of class names in finnish public-sector functional classification systems. Knowledge Organization, [s. l.], v. 43, n. 7, p. 490-501, 2016. DOI: https://doi.org/10.5771/0943-7444-2016-7-490
PIEDADE, M. A. R. Introdução à teoria da classificação. Rio de Janeiro: Interciência, 1977.
SATIJA, M. P.; SINGH, J. Colon classification: a requiem. Journal of library and information technology, [s. l.], v. 33, n. 4, p. 265-276, 2013.
SHIRI, A. Making sense of big data: a facet analysis approach. Knowledge Organization, [s. l.], v. 41, n. 5, p. 357-368, 2014. DOI: https://doi.org/10.5771/0943-7444-2014-5-357
SLAVIC, A.; DAVIES, S. Facet analysis in UDC: questions of structure, functionality and data formality. Knowledge Organization, [s. l.], v. 44, n. 6, p. 425-435, 2017. DOI: https://doi.org/10.5771/0943-7444-2017-6-425
XIAO, Y. Faceted classification: a consideration of its features as a paradigm of knowledge organization. Knowledge organization, [s. l.], v. 21, n. 2, p. 64-68, 1994.
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2025 Samantha Augusta dos Santos de Jesus, Walter Moreira

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
O autor deve garantir:
- que haja um consenso completo de todos os coautores em aprovar a versão final do documento e sua submissão para publicação.
- que seu trabalho é original, e se o trabalho e/ou palavras de outras pessoas foram utilizados, estas foram devidamente reconhecidas.
Plágio em todas as suas formas constituem um comportamento antiético de publicação e é inaceitável. Encontros Bibli reserva-se o direito de usar software ou quaisquer outros métodos de detecção de plágio.
Todas as submissões recebidas para avaliação na revista Encontros Bibli: revista eletrônica de biblioteconomia e ciência da informação passam por identificação de plágio e autoplágio. Plágios identificados em manuscritos durante o processo de avaliação acarretarão no arquivamento da submissão. No caso de identificação de plágio em um manuscrito publicado na revista, o Editor Chefe conduzirá uma investigação preliminar e, caso necessário, fará a retratação.
Esta revista, seguindo as recomendações do movimento de Acesso Aberto, proporciona seu conteúdo em Full Open Access. Assim os autores conservam todos seus direitos permitindo que a Encontros Bibli possa publicar seus artigos e disponibilizar pra toda a comunidade.
Os conteúdos de Encontros Bibli estão licenciados sob uma Licença Creative Commons 4.0 by.

Qualquer usuário tem direito de:
- Compartilhar — copiar, baixar, imprimir ou redistribuir o material em qualquer suporte ou formato
- Adaptar — remixar, transformar, e criar a partir do material para qualquer fim, mesmo que comercial.
De acordo com os seguintes termos:
- Atribuição — Você deve dar o crédito apropriado, prover um link para a licença e indicar se mudanças foram feitas. Você deve fazê-lo em qualquer circunstância razoável, mas de maneira alguma que sugira ao licenciante a apoiar você ou o seu uso.
- Sem restrições adicionais — Você não pode aplicar termos jurídicos ou medidas de caráter tecnológico que restrinjam legalmente outros de fazerem algo que a licença permita.

















