Valor de Verdade e Ceticismo na Teoria dos Valores de David Hume

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.5007/1677-2954.2025.e94641

Palabras clave:

David Hume, valor moral, valor estético, cognitivismo, ceticismo

Resumen

No presente artigo, apresento uma interpretação da teoria dos valores (moral e estético) de David Hume. Para tal, após uma breve introdução sobre os problemas em questão (seção 1), apresento uma análise comparativa entre juízos causais e de valor, presente na literatura de comentário ao autor (2), assim como os principais aspectos da filosofia de Hume a favor da interpretação de que juízos de valor detêm valor de verdade (3). Em seguida, explico como aqueles aspectos comuns a ambos os tipos de juízos podem ser acomodados nesta interpretação (4). Por fim, argumento que (e como) as evidências apresentadas justificam a conclusão de que juízos de valor detêm valor de verdade e que constituem um subconjunto dos juízos causais, o que, por sua vez, tem uma consequência cética (5).

Citas

ÁRDAL, P. S. Passion and Value in Hume’s Treatise. Edinburgh: Edinburgh University Press, 1966.

BRUNET, O. Philosophie et Esthétique chez David Hume. Paris: Librairie A-G Nizet, 1965.

CAPALDI, N. Hume’s Place in Moral Philosophy. New York; Berlin; Bern; Frankfurt; Paris; Wien: Peter Lang, 1989/92.

CAMPELO, W. A questão do ceticismo moral em David Hume: conexões epistemológicas e ontológicas. Modernos & Contemporâneos, v. 4, n. 8, 4-15, 2020.

COHON, R. Hume’s Morality: Feeling and Fabrication. Oxford: Oxford University Press, 2008.

COVENTRY, A. Hume’s Theory of Causation: A Quasi-Realist Interpretation. New York: Continuum, 2006.

DICKIE, G. The century of Taste: The Odyssey of Taste in the Eighteenth Century. Oxford: New York, Oxford University Press, 1996.

SEXTUS EMPIRICUS. Outlines of Scepticism. ANNAS, J.; BARNES, J. (eds.). Cambridge: Cambridge University Press, 2000.

FIESER, J. Is Hume a Moral Skeptic?. Philosophy and Phenomenological Research, v. 1, n. 1, pp. 89-105, 1989.

FOGELIN, R. Hume’s Skepticism in the Treatise of Human Nature. London; Boston: Routledge & Kegan Paul, 1985.

GARRETT, D. Cognition and Commitment in Hume’s Philosophy. New York; Oxford: Oxford University Press, 1997.

HUME, D. Tratado da Natureza Humana. Trad. de Déborah Danowski. São Paulo: UNESP, 2001.

HUME, D. Investigações sobre o Entendimento Humano e sobre os Princípios da Moral. Trad. José Oscar de A. Marques. São Paulo: UNESP, 2004.

HUME, D. A Arte de Escrever Ensaio e Outros Ensaios. Trad. Márcio Suzuki & Pedro Pimenta. Iluminuras: São Paulo, 2009.

JONES, P. Another look at Hume’s views of Aesthetic and Moral Judgements. Philosophical Quarterly, v. 20, n. 78, pp. 53–59, 1970.

JONES, P. Hume’s Sentiments: Their Cicerionian and French Context. Edinburgh: Edinburgh University Press, 1982.

KAIL, P. J. Projection and Necessity in Hume, European Journal of Philosophy, v. 9, n. 1, pp. 24-54, 2001.

KAIL, P. J. Projection and Realism in Hume’s Philosophy, Oxford; New York: Oxford University Press, 2007.

LIMONGI, I. O fato e a norma do gosto: Hume contra um certo ceticismo. Analytica, v. 10, n. 1, pp. 108-24, 2006.

LIMONGI, I. O ponto de vista do espectador e a medida do juízo moral em Hume. Discurso, v. 41, pp. 114-139, 2011.

MACKIE, J. L. Hume’s Account of Causation. In The Cement of the Universe: A Study of Causation, Oxford, New York: Oxford University Press, pp. 3-28, 1980a.

MACKIE, J. L. Hume’s Moral Theory. London and New York: Routledge, 1977, 1980b.

MARCONDES, D. As raízes da dúvida: Ceticismo e filosofia moderna. Rio de Janeiro: Editora Zahar, 2019.

NORTON, D. F. Hume’s Common-sense Morality. Canadian Journal of Philosophy, v. 5, n. 4, pp. 523-543, 1975.

NORTON, D. F. David Hume: Common-sense Moralist, Skeptical Metaphysician. Princeton: Princeton University Press, 1982.

NOXON, J. Hume’s Opinion of Critics. The Journal of Aesthetics and Art Criticism, v. 20, n. 2, pp. 157-62, 1961.

PITSON, A. E. Projectionism, Realism, and Hume’s Moral Sense Theory. Hume Studies, v. 15, n. 1, pp. 61-92, 1989.

SALGADINHO, C. Hume’s skeptical non-realism. Doispontos, vol. 16, n. 3, pp. 1-14, 2019.

SALGADINHO, C. Ideias relativas, conceptibilidade e ceticismo na teoria causal de Hume. Sképsis (Salvador), v. 22, 21-39, 2021a.

SALGADINHO, C. Uma quasi-objetividade na teoria dos valores de David Hume. Veritas, v. 66, pp. 1-18, 2021b.

SALGADINHO, C.. “O projetivismo de David Hume”. In: BORGES, A.; CACHEL, A.; FREITAS, V. F. (Org.). David Hume em Diálogo. 1ed. Londrina: Engenho das Letras, pp. 101-126, 2023a.

SALGADINHO, C. Uma interpretação conciliadora acerca do significado de juízos de valor na filosofia de David Hume. Principia, v. 27, n. 3, pp. 453-74, 2023b.

STANLEY, P. The Scepticisms of David Hume. The Journal of Philosophy, v. 32, n. 16, pp. 421-431, 1935.

STROUD, B. Hume. London; New York: Routledge and Kegan Paul, 1977.

STROUD, B. ‘Gilding or staining’ the world with ‘sentiments’ and ‘phantasms’. Hume Studies, v. 19, n. 2, pp. 253-72, 1993.

SWAIN, C. G. Passionate Objectivity, Noûs, v. 26, n. 4, pp. 465-490, 1992.

WINKLER, K. The New Hume. The Philosophical Review, v. 100, n. 4, pp. 541-579, 1991.

Publicado

2025-06-16

Número

Sección

Artículos