Demonstrações experimentais de Física em formato audiovisual produzidas por alunos do ensino médio
DOI:
https://doi.org/10.5007/2175-7941.2011v28n3p676Resumo
O avanço tecnológico tem facilitado o uso de câmeras digitais e celulares a muitas pessoas. A aplicação desses recursos pode ser pensada em realidades escolares que permitam o desenvolvimento de projetos de produção de vídeos por alunos do ensino básico, contribuindo para o processo de ensino-aprendizagem. O engajamento intelectual nas tarefas e atividades faz da aprendizagem um processo recursivo, sendo o espaço escolar visto como um centro irradiador de conhecimento e o professor um mediador. Um projeto desse teor foi planejado como estratégia de trabalho no laboratório de Física, resultando em 22 vídeos que foram analisados como relatórios audiovisuais das demonstrações experimentais realizadas. É preciso considerar o potencial pedagógico de tal estratégia à medida que os estudantes externalizam seu pensamento criativo ao produzir um vídeo envolvendo fenômenos físicos, fazendo uso espontâneo de recursos como música, dramatização, imagem, animação, entre outros. Isso pode ser interpretado pelo fato de o vídeo estar mais legitimado para os alunos como ferramenta de cultura do que como estratégia de ensino, mesmo quando a produção ocorre no contexto do laboratório didático de Física, que, em princípio, não daria espaço à dimensão estética. Os relatórios audiovisuais não apresentaram uma ordem ou estrutura pré-determinada, mas a explanação do fenômeno, sempre presente, se ancorava em conceitos, leis e/ou princípios físicos necessários. Dessa forma, concluiu-se que a estratégia permitiu a flexibilização dos relatórios de atividades experimentais por meio do uso de recursos audiovisuais, quando comparada com as instruções estruturadas tradicionalmente utilizadas.
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