Experiment as a Stabilized Network: associations, negotiations and some implications for science education
DOI:
https://doi.org/10.5007/2175-7941.2021.e65907Abstract
This article aims to discuss a traditional theme in science education research: experimental activities. The recurring use of rationalist epistemologies is questioned, which privilege a hierarchical relationship between theory and experiment and forget that experimentation is an activity related to the intervention and manipulation of specific and artificially constructed realities. An approach is advocated here that focuses on the emerging controversies in dealing with the concrete and the different negotiations imposed by the process of creating and stabilizing experimental phenomena. Using the concepts of the Actor-Network Theory, this position is discussed based on the qualitative analysis of a case study: the construction of an experimental didactic apparatus by a Physics graduate, with the purpose of composing his Conclusion Work of Course. The analyzed data were obtained from written records made by the licensee himself, photographs of the construction of the experimental apparatus and by a structured interview conducted with him at the end of the entire process. The analysis highlighted the controversial situations caused by the construction process that the experimental apparatus and the negotiations carried out, showing that this process also consists of the creation and stabilization of phenomena and actors, whose identities are always (re) defined contingently. Thus, it is evident that, both in science and in science teaching, creating and maintaining a stable phenomenon is making it even more social and collective. Finally, some important implications for science education are discussed.
References
ALVES-FILHO, J. P. Atividades experimentais: do método à prática construtivista. 2000. 370 f. Tese (Doutorado em Educação) – Centro de Ciências da Educação, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis.
BARBERÀ, O.; VALDÉS, P. El trabajo práctico en la enseñanza de las ciencias: una revisión. Enseñanza de las ciencias: revista de investigación y experiencias didácticas, v. 14, n. 3, p. 365-379, 1996.
BOXALL, J. Arduino WorkShop. San Francisco: Starch Press, 2013.
CRUZ, S. M. S. C. S.; ZYLBERSZTAJN, A. O enfoque ciência, tecnologia e sociedade e a aprendizagem centrada em eventos. In: PIETROCOLA, M. (Org.). Ensino de Física: conteúdo, metodologia e epistemologia em uma concepção integradora. Florianópolis: UFSC, 2001. p. 171-196.
DEWEY, J. Experiência e natureza. São Paulo: Abril S.A. Cultural e Industrial, 1974.
ECHEVERRÍA, J. Filosofía de la ciencia. Madrid: Ediciones Akal, 1995.
GENOVESE, L. G. R.; CUNHA, J. A. R. Plano inclinado: um experimento galileano na Educação Básica. Física na Escola, v. 14, n. 2, p. 48-51, 2016.
GIORDAN, M. O papel da experimentação no ensino de ciências. Química nova na escola, v. 10, n. 10, p. 43-49, 1999.
HACKING, I. Representar e Intervir: tópicos introdutórios de filosofia da ciência natural. Rio de Janeiro: EdUERJ, 2012. p. 7-38.
HAMMES, O.; SCHUHMACHER, E. O. Plano Inclinado: uma atividade de modelização matemática. Experiências em Ensino de Ciências, Porto Alegre, v. 6, n. 2, p. 66-85, 2011.
HODSON, D. Experiments in science and science teaching. Educational philosophy and theory, v. 20, n. 2, p. 53-66, 1988.
HOFSTEIN, A.; LUNETTA, N. The role of the laboratory in Science Teaching: neglected aspects of research. Review of Educational Research, v. 52, p. 201-207, 1982.
KOYRÉ, A. Estudos Galilaicos. Lisboa: Publicações Dom Quixote, 1992.
KNORR-CETINA, K. D. La fabricación del conocimiento: un ensayo sobre el carácter constructivista y contextual de la ciencia. Buenos Aires: Universidad Nacional de Quilmes. 2005.
LATOUR, B.; WOOLGAR, S. A vida de laboratório: a produção dos fatos científicos. Rio de Janeiro: Relume Dumará, 1997.
LATOUR, B. Ciência em Ação: como seguir cientistas e engenheiros sociedade afora. São Paulo: UNESP, 2011.
LATOUR, B. Reagregando o social: uma introdução à teoria do ator-rede. Salvador: Edufba; Bauru: Edusc, 2012.
LATOUR, B. Cogitamus: seis cartas sobre as humanidades científicas. São Paulo: Editora 34, 2016.
LATOUR, B. Investigação sobre os modos de existência: uma antropologia dos modernos. Petrópolis: Vozes, 2019.
LAW, J. Networks, relations, cyborgs: on the social study of technology. In.: READ, S.; PINILLA, C. (Ed.) Visualizing the Invisible: Towards an Urban Space. Spacelab, 1. Amsterdam: Techne Press, 2006. p. 84-97.
LEAL, R. R.; SCHETINGER, M. R. C.; PEDROSO, G. B. Experimentação Investigativa em Eletroquímica e Argumentação no Ensino Médio. Revista de Ensino de Ciências e Matemática, v. 10, n. 6, p. 142-162, 2019.
MENDONÇA, A. L. O. Ian Hacking – uma ponte entre a tradição e a pós-modernidade. In.: HACKING, I. Representar e Intervir: tópicos introdutórios de filosofia da ciência natural. Rio de Janeiro: EdUERJ, 2012. p. 7-38.
PEREIRA, R. S. G.; DOS SANTOS JUNIOR, G. A calibração de um micrômetro: uma experiência no ensino por meio da modelagem matemática. Experiências em Ensino de Ciências, Cuiabá, v. 6, n. 2, p. 124-132, 2011.
POZO, J. I.; CRESPO, M. Á. G. A aprendizagem e o ensino de ciências: do conhecimento cotidiano ao conhecimento científico. Porto Alegre: Artmed, 2009.
PRAIA, J. F.; CACHAPUZ, A. F. C.; GIL-PÉREZ, D. Problema, teoria e observação em ciência: para uma reorientação epistemológica da educação em ciência. Ciência & Educação, Bauru, v. 8, n. 1, p. 127-145, 2002a.
PRAIA, J. F.; CACHAPUZ, A. F. C.; GIL-PÉREZ, D. A hipótese e a experiência científica em educação em ciência: contributos para uma reorientação epistemológica. Ciência & Educação, Bauru, v. 8, n. 2, p. 253-262, 2002b.
REZZADORI, C. B. D. B.; DE OLIVEIRA, M. A. A Rede Sociotécnica de um Laboratório de Química do Ensino Médio. Experiências em Ensino de Ciências, Cuiabá, v. 6, n. 3, p. 16-37, 2011.
ROSITO, B. A. O ensino de ciências e a experimentação. In: MORAES, R (Org). Construtivismo e ensino de ciências: reflexões epistemológicas e metodológicas, 2008. v. 3. p. 195-208.
SCHAFFER, S. Trabalho com vidros. In.: COHEN, I. B.; WESTFALL, R. S. Newton: textos, antecedentes, comentários. Rio de Janeiro: Contraponto/EDUERJ, 2002.
SHINN, T.; RAGOUET, P. Controvérsias sobre a ciência: por uma sociologia transversalista da atividade científica. São Paulo: Editora 34, 2008.
TANG, K. Scientific Practices as an Actor-Network of Literacy Events: Forging a Convergence Between Disciplinary Literacy and Scientific Practices. In: PRAIN, V.; HAND, B. (ed.). Theorizing the Future of Science Education Research, v. 49, Springer, p. 83-98, 2019.
THUILLIER, P. De Arquimedes a Einstein: a face oculta da invenção científica. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1994.
VINCK, D. Epílogo: posturas para uma etnografia das técnicas. In: VINCK, D. (Org.). Engenheiros no Cotidiano: etnografia da atividade de projeto e de inovação. Belo Horizonte: Fabrefactum, 2013. p. 273-305.
VINCK, D. (Org.). Engenheiros no Cotidiano: etnografia da atividade de projeto e de inovação. Belo Horizonte: Fabrefactum, 2013. p. 273-305.
YIN, R. Pesquisa qualitativa do início ao fim. Porto Alegre: Penso, 2016.
Downloads
Published
How to Cite
Issue
Section
License
DECLARAÇÃO DE RESPONSABILIDADE Certifico que participei da concepção do trabalho, em parte ou na íntegra, que não omiti quaisquer ligações ou acordos de financiamento entre os autores e companhias que possam ter interesse na publicação desse artigo. Certifico que o texto é original e que o trabalho, em parte ou na íntegra, ou qualquer outro trabalho com conteúdo substancialmente similar, de minha autoria, não foi enviado a outra revista e não o será enquanto sua publicação estiver sendo considerada pelo Caderno Brasileiro de Ensino de Física, quer seja no formato impresso ou no eletrônico.
Caderno Brasileiro de Ensino de Física, Florianópolis, SC, Brasil - - - eISSN 2175-7941 - - - está licenciada sob Licença Creative Commons > > > > >