PP Relative clauses and intervention effects: comparing unergative and weather verbs

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5007/1984-8412.2019v16n1p3499

Resumo

A assimetria entre relativas de sujeito e de objeto tem sido atestada nos trabalhos sobre processamento com adultos (WANNER; MARATSOS, 1978; WARREN; GIBSON, 2002) e em aquisição da linguagem (UTZERI, 2007; ADANI; SEHM; ZUKOWSKI, 2012). No âmbito da aquisição, Friedmann, Belletti e Rizzi (2009) sugeriram um tratamento formal, em termos de efeitos de intervenção e Costa et al. (2015) expandiram o alcance da proposta para relativas PP, considerando dados do português europeu. Este trabalho amplia essa discussão, a partir de um estudo de eliciação com crianças de 4-5 anos falantes de português brasileiro, contrastando relativas PP, com verbos inergativos, com intervenção, e meteorológicos, sem intervenção. Nossos resultados indicam diferenças entre esses tipos de verbos para crianças mais novas. Sugere-se que o alcance explicativo da hipótese da intervenção pode ser impactado ao se considerarem custos de processamento na produção vinculados à disponibilidade de estruturas alternativas, menos complexas, na língua.

Biografia do Autor

Marina R. A. Augusto, Universidade do Estado do Rio de Janeiro

Professora doutora do Departamento de Estudos da LInguagem, na Universidade do Estado do Rio de Janeiro, onde atua na graduação e na pós-graduação. Possui mestrado e doutorado em Linguística pela Universidade Estadual de Campinas e é membro do Laboratório de Psicolinguística e Aquisição da Linguagem (LAPAL/PUC-Rio). É pesquisadora do Prociência – FAPERJ.

Elaine Grolla, Universidade de São Paulo

Doutora em Linguística pela Universidade de Connecticut e livre docente pela Universidade de São Paulo. Professora do Departamento de Linguística da Universidade de São Paulo (USP) e orientadora do Programa de Pós - Graduação em Semiótica e Linguística Gera l (DL/USP). É coordenadora do Laboratório de Estudos em Aquisição de Linguagem (LEAL/USP) e bolsista de produtividade em pesquisa do CNPq.

Erica dos Santos Rodrigues, Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro

Professora do Departamento de Letras da PUC-Rio. Atua no Programa de Pós-Graduacão em Estudos da Linguagem na mesma instituição. Doutora e Mestre em Letras pela PUC-Rio. Desenvolve projetos na área de Psicolinguística em interface com teoria linguística, com foco em questões de processamento sintático e semântico (concordância, quantificação, distributividade) e na interface entre Psicolinguística e Educação, na investigação de processos de leitura e de escrita, em adultos e crianças em idade escolar. É membro do LAPAL – Laboratório de Psicolinguística e Aquisição da Linguagem e do INCog - Grupo de Pesquisa Interdisciplinar em Neurociências e Cognição, ambos da PUC-Rio.

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Publicado

2019-04-22