Trauma, silencing, and media violence: the Leila Cravo case

Authors

DOI:

https://doi.org/10.5007/1984-6924.2024.101103

Keywords:

Journalism, Discourse, Media Violence

Abstract

This paper aims to analyze the podcast “Leila” (2022), directed by Daniel Pech and produced by Globoplay, by observing how this media product denounces a specific way of psychological violence, which we will call media violence. The podcast deals with the case of actress and television presenter Leila Cravo who, in 1975, was a victim of physical and sexual violence and, as a result, had her career interrupted and her presence in the media forgotten. The methodology used was qualitative, with a case study, and a theoretical-methodological basis anchored on Discourse Analysis (Pechêux-Orlandi). The findings indicate that the silencing around Leila’s situation, as well as her erasure from the media, may have exacerbated the trauma she experienced.

Author Biographies

Gabrielle Sevidanes, Universidade Federal de Juiz de Fora

Psicóloga (CRP 04/70558) formada pela Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF). Possui graduação Interdisciplinar em Artes e Design (UFJF) e mestrado em Comunicação Social, também pela UFJF. Doutoranda em Comunicação Social (UFJF), bolsista FAPEMIG e membro do grupo SENSUS: Discursos em Comunicação e Saúde.

Wedencley Alves, Universidade Federal de Juiz de Fora

Wedencley Alves é professor Facom-UFJF e pesquisador do Programa de Pós Graduação em Comunicação e Sociedade na mesma instituição. Tem doutorado em em Linguística (Unicamp, 2007) e coordenador do grupo Sensus - Comunicação e Discursos.

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Published

2024-12-30