Framing of violence against women in the series Bom dia, Verônica

Authors

DOI:

https://doi.org/10.5007/1984-6924.2024.101428

Keywords:

Violence against women, misogyny, pathologization

Abstract

This article addresses the framing of violence against women in the first season of the Brazilian series Bom dia, Verônica, mainly based on the analysis of the actions of the police character Brandão. The aim is to examine how violence against women is portrayed in Brazilian fiction: sometimes as a representation of hatred against women, related to a culture of misogyny, and sometimes as the consequence of a pathology, linked to the individual dimension of the perpetrator of the crime. It reflects on the way in which the pathologizing framing of the aggressor contributes to an uncritical approach to the social phenomenon, as it does not encompass the sociocultural context in which it is inscribed, thus making the structural dimension of misogyny invisible and potentially generating a distancing from everyday situations of abuse.

Author Biographies

Dayana Cristina Barboza Carneiro, Federal University of Minas Gerais

Professora na pós-graduação "Comunicação, Diversidade e Inclusão nas Organizações" do IEC PUC Minas. Doutora em Comunicação Social pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Mestra em Comunicação pela Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP). Graduada em Comunicação Social/Jornalismo, pelo Centro Universitário Estácio de Sá de Belo Horizonte. Integrante do Grupo de Pesquisa em Imagem e Sociabilidade (GRIS), da UFMG. 

Tamires Ferreira Coêlho, Federal University of Mato Grosso

Professora Adjunta do Departamento de Comunicação e vice coordenadora do Programa de Pós-Graduação em Comunicação e Poder (PPGCOM) da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT). Doutora em Comunicação pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) com estágio doutoral na Université Paris-Sorbonne - École des Hautes Études en Sciences de l'Information et de la Communication (CELSA). Mestra em Ciências da Comunicação pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos). Graduada em Comunicação Social com habilitação em Jornalismo pela Universidade Federal do Piauí (UFPI), com graduação sanduíche na Universidade do Minho (Portugal). Coordena o Ciclo - Grupo de Pesquisa em Comunicação, Política e Cidadania e o Pauta Gênero - Observatório de Comunicação e Desigualdades de Gênero.

References

BATESON, G. Uma teoria sobre brincadeira e fantasia. In: RIBEIRO, B., GARCEZ, P. (Orgs.). Sociolingüística interacional. São Paulo: Loyola, 2002.

BIROLI, F. Gênero e desigualdades: limites da democracia no Brasil. São Paulo: Boitempo, 2018.

BRAGA, J. L. Polarização como estrutura da intolerância: uma questão comunicacional. In: HELLER, B.; CAL, D.; ROSA, A. P. (Orgs.). Midiatização (in)tolerância e reconhecimento. Salvador: EDUFBA, 2020.

BRAGA, J. L. O conhecimento comunicacional – entre a essência e o episódio. In: FRANÇA, V. R. V.; SIMÕES, P. G. (orgs.). O modelo praxiológico e os desafios da pesquisa em Comunicação. Porto Alegre: Sulina, 2018.

BRAGA, J. L. Constituição do Campo da Comunicação. Verso e Reverso, v. 25, n. 58, jan/abril 2011.

BRILHANTE, A.; CATRIB, A. M. A violência contra a mulher e o forró nosso de cada dia. Fortaleza: Ed. UECE, 2016.

CALDEIRA, B. L. Entre assassinatos em série e uma série de assassinatos: o tecer da intriga nas construções narrativas de mulheres mortas e seus agressores nas páginas de dois impressos mineiros. 2017. Dissertação (Mestrado em Comunicação Social), Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas, Universidade Federal de Minas Gerais, 2017.

CARRERA, F. Roleta interseccional: proposta metodológica para análises em Comunicação. E-Compós, [S. l.], v. 24, 2021.

CASOY, I. Serial Killer: louco ou cruel? São Paulo: Madras, 2004.

CRENSHAW, K. Documento para o encontro de especialistas em aspectos da discriminação racial relativos ao gênero. Revista Estudos Feministas, UFSC, v. 10, n. 1, 2002 p. 171-188.

DAVID, C.; BADEN, C. Frame analysis. In: The International Encyclopedia of Communication Research Methods, 2017, p.1-22.

EMCKE, C. Contra o ódio. Belo Horizonte: Âyiné, 2020.

FRANÇA, V. R. V. Discutindo o modelo praxiológico da comunicação: controvérsias e desafios na análise comunicacional. In: FRANÇA, V. R. V.; SIMÕES, P. G. (org.). O modelo praxiológico e os desafios da pesquisa em comunicação. Porto Alegre: Sulina, 2018.

FRANÇA, V. R. V.; SIMÕES, P. G. Curso Básico de Teorias da Comunicação. Belo Horizonte: Autêntica, 2016.

FREIRE FILHO, J. et al.. A ocultação do ódio: mídia, misoginia e medicalização. In: HELLER, B.; CAL, D.; ROSA, A. P. (Orgs.). Midiatização (in)tolerância e reconhecimento. Salvador: EDUFBA, 2020.

FÓRUM BRASILEIRO DE SEGURANÇA PÚBLICA. 18º Anuário Brasileiro de Segurança Pública. São Paulo: Fórum Brasileiro de Segurança Pública, 2024.

GOFFMAN, E. Sociolinguística Interacional. São Paulo: Loyola, 2002.

MARTINO, L. M. Teoria da Comunicação: ideias, conceitos e métodos. Petrópolis: Vozes, 2009.

MENDONÇA, R. F.; SIMÕES, P. G. Enquadramento: diferentes operacionalizações analíticas de um conceito. Revista Brasileira de Ciências Sociais, v. 27, n. 79, p. 187-235, junho/2012.

PEIRCE, C. Semiótica e filosofia. São Paulo: Cultrix, 1984.

SAFFIOTI, H. I. B. Gênero, patriarcado, violência. São Paulo: Graphium, 2011.

SOLANO, E. Brasil em colapso. São Paulo: Editora Unifesp, 2019.

Published

2024-12-30