As resistências culturais enfrentadas pela mulher no âmbito das modalidades de lutas
DOI:
https://doi.org/10.5007/2175-8042.2021e77006Resumo
O presente estudo qualitativo teve como objetivo compreender barreiras sociais enfrentadas pelas mulheres praticantes de lutas (artes marciais ou esportes de combate). Este estudo traz artigos acadêmicos, exemplos e fragmentos de textos de conhecimento público que mostram parte do processo histórico que uma mulher enfrenta quando pratica luta. Foi elaborada uma revisão de literatura acerca do tema para encontrar a existência das barreiras sociais e quais são elas. Como consequência, esse artigo é capaz de transmitir superações das mulheres tanto no âmbito das modalidades de lutas quanto no âmbito social. Como resultado, foi identificado alguns fatores e a existência de 5 barreiras sociais: a distinção de gênero, cultura da feminilidade, as mídias, exploração da erotização da mulher e a exclusão social da mesma. Tais barreiras são encontradas estruturadas na sociedade. E, mesmo diante disso, a mulher vem conquistando espaço na sociedade em geral e na área das lutas em particular.
Referências
ABRANTES, Beatriz. Mulheres de Atenas: entenda a crítica de Chico Buarque. 2018. Disponível em: https://www.stoodi.com.br/blog/2018/06/25/mulheres-de-atenas/ . Acesso em: 02 dez. 2019.
ALDEMAN, Miriam. Mulheres atletas: re- significações da corporalidade feminina. Revista estudos feministas. Florianópolis, v. 11, n. 02, p, 445-465.
ALTMANN, Helena. “Rompendo fronteiras de gênero: Marias (e) homens na educação física”. Dissertação de mestrado em educação. Belo Horizonte: UFMG, 1998, 111p.
AVENTURAS NA HISTÓRIA. De boadicea a Joana D’arc: 10 guerreiras que superaram os homens nos campos de batalha. São Paulo, 2019. Disponível em: https://aventurasnahistoria.uol.com.br/noticias/almanaque/historia-mulheres-em-campo-de-batalha.phtml . Acesso em: 05 dez. 2019.
BRACHT, Valter. Sociologia Crítica do Esporte: uma introdução. Vitória: UFPR, 1997.
BRASIL. Decreto-Lei n°3.199, de 14 de abril de 1941. Estabelece as bases de organização dos esportes em todo o país. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/1937-1946/Del3199.htm
BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros curriculares nacionais: Educação Física / Secretaria de Educação Fundamental. Brasília: MEC/SEF, 1997. 96p.
BRITO. R. Mulheres de Atenas: entenda a crítica de Chico Buarque. 2018. Disponível em: https://www.stoodi.com.br/blog/2018/06/25/mulheres-de-atenas/ . Acesso em: 02 dez. 2019.
BUITONI, Dulcília Helena Schroeder. Mulher de papel: a representação da mulher na imprensa feminina brasileira. São Paulo: Edições Loyola, 1981.
CANHISARES. Mariana. As Panteras. 2019. Disponível em: https://www.omelete.com.br/filmes/criticas/as-panteras . Acesso em: 22 nov. 2019.
CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE BOXE. Ranking. 2020. Disponível em: https://www.ibf-usba-boxing.com/index.php/about/history-of-ibf . Acesso em: 03 abr. 2020.
CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE JIU-JITSU. Ranking. 2019. Disponível em: https://cbjj.com.br/ranking/. Acesso em: 19 out. 2019.
CORDEIRO, Alexander Magno. et al. Revisão sistemática: uma revisão narrativa. Revista do Colégio Brasileiro de Cirurgiões. Rio de Janeiro, v.34, n. 06, nov, 2007.
CORREIA, Walter Roberto; FRANCHINI, Emerson. Produção acadêmica em lutas, artes marciais e esportes de combate. Motriz. Rio Claro, v.16 n.1 p.01-09, 2010.
CUNHA, Rodrigo. Mulher-Gato. Cine-players, 2004. Disponível em: http://www.cineplayers.com/critica.php?id=282. Acesso em: 25 out. 2019.
ELIAS, Norbert. & DUNNING, E. A Busca da Excitação. Lisboa: Diefel, 1992.
FAN. Ritter. Crítica Mulan (1998). 2018. Disponível em: https://www.planocritico.com/critica-mulan-1998/. Acesso em: 22 nov. 2019.
FERNANDES. Et al. Mulheres em combate: representações de feminilidades em lutadoras de boxe e MMA. Revista da educação física. Maringá, v.26, n. 03, p. 367-376, jul.-set. 2015.
FERRETTI. Marco, Antônio Carvalho; KNIJNIK, Jorge Dorfman. Mulheres podem praticar lutas? Um estudo sobre as representações sociais de lutadoras universitárias. Movimento. Rio Grande do Sul, v. 13, n. 01, p. 57-80.
GLOBO ESPORTE. Mulheres invadem as artes marciais e mudam o ambiente nas academias. 2014. Disponível em: http://globoesporte.globo.com/pb/noticia/2014/12/mulheres-invadem-artes-marciais-e-mudam-o-ambiente-das-academias.html . Acesso em: 14 abr. 2020.
GOELLNER, Silvana Vilodre. A inserção da mulher no universo cultural do esporte. 2016. Disponível em: http://soesporte.com.br/a-insercao-da-mulher-no-universo-culturado-esporte/ . Acesso em: 8 de mar. 2016.
GOELLNER, Silvana Vilodre. Mulher e esporte no Brasil: entre incentivos e interdições elas fazem história. Pensar a prática, v. 8, n. 1, p. 85-100, jan.-jun. 2005.
IBF. History. Springfiel. 2020. Disponível em: https://www.ibf-usba-boxing.com/index.php/about/history-of-ibf. Acesso em: 01 abr. 2020.
JARDIM. Juliana Gomes. “IT´S TIME”! MMA Feminino, Mercado da Beleza e Cis-heteronormatividade: Uma etnografia multissituada com lutadoras brasileiras. 2018. 200 f. Tese (Doutorado apresentada ao Programa de Pós Graduação em Ciências Sociais). Faculdade de Filosofia e Ciências da Universidade Estadual Paulista, USP, Marília, 2018.
KRIVOCHEIN, B. Menina de Ouro de Clint Eastwood. Zeta Filmes. Disponível em http://www.zetafilmes.com.br/criticas/meninadeouro.asp?pag=meninadeouro . Acesso em: 25 out. 2019.
LOURO, Guacira Lopes. “Uma leitura da história da educação sob a perspectiva de gênero”. Teoria e Educação, no 6. Porto Alegre, 1992, pp. 53-67.
LOVISOLO, H; SOARES, A. J.; BARTOLO, T. L. 2006. “Feministas, mulheres e esporte: questões metodológicas”. Revista Movimento. Porto Alegre, v.12, n. 03 p.165-191.
MARTINS, Carlos José; KANASHIRO, Cláudia. Bujutsu, budô, esporte de luta. Revista Motriz, v. 16, n. 3, 2010.
MCQUAIL, Denis. Teoria da comunicação de massas. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 2003.
MELLO L. M. Meninos e meninas como reféns de uma sociedade sexista. Revista Motricidade. Nº 2 – Rio de Janeiro: 2002. Disponível em: http://www.castelobranco.br/prppg/revista/artigo.htm . Acesso em: 20/11/2019.
MOCARZEL, Rafael Carvalho da Silva. Artes marciais e jovens: violência ou valores educacionais? Um estudo de caso de um estilo de kung-fu. Universidade Salgado de Oliveira, Niterói 2011.
MONTEIRO. Luciana Botelho. O treinador de judô no Brasil. Rio de Janeiro: Sprint, 1998.
MOURA. Diego Luz. et al. Esporte, mulheres e masculinidades. Rio de Janeiro. ano 5, n 13, p. 02-22, fev. 2010.
MOURÃO, Ludmila. Representação social da mulher brasileira nas atividades físico desportivas: da segregação à democratização. Movimento, n. 13, p. 5-18, 2000.
MOURÃO, Ludmila. Vozes femininas e o Esporte Olímpico no Brasil. in: TURINO, M.; DACOSTA, L. (org.). Coletânea de textos em estudos olímpicos. Rio de Janeiro: Gama Filho, 2002. V. 1, p. 831-849.
MOURÃO, Ludmila; SOUZA, Gabriela. C. Narrativas sobre o sul-americano de judô de 1979: a legalização do judô feminino no Brasil. In: XV Congresso Brasileiro de Ciências do Esporte/ II Congresso Internacional de Ciências do Esporte: Política Ciência e Produção do Conhecimento em Educação Física. GTT- Memórias da Educação Física e Esporte. Pernambuco, set. 2007.
NASCIMENTO, Paulo Rogério Barbosa do; ALMEIDA, Luciano de. A tematização das lutas na educação física escolar: restrições e possibilidades. Revista Movimento, v.13, n. 3, 2007.
PINI, Mario Carvalho. A mulher no esporte: fisiologia esportiva. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1978. p. 204-220.
PRODANOV. Cleber Cristiano; FREITAS. Ernani. César. Metodologia do trabalho científico: Métodos e Técnicas da Pesquisa e do Trabalho Acadêmico. 2. ed. Rio Grande do Sul: Nova Hamburgo, 2013.
REDE NACIONAL DO ESPORTE. Igualdade de gênero: uma luta histórica que encontrou acolhida nos Jogos da Juventude. Site. 2018. Disponível em: http://rededoesporte.gov.br/pt-br/noticias/igualdade-de-genero-uma-luta-historica-que-encontrou-esperanca-nos-jogos-olimpicos-da-juventude . Acesso 14 abr. 2020.
SILVA, Daniel Sousa. et al. Jiu-Jitsu feminino- De promessa a realidade mundial. Revista Ciência Atual. Rio de Janeiro. v. 13, n° 1, p. 02-17, 2019. Disponível em: http://inseer.ibict.br/cafsj . Acesso em: 19 out. 2019.
SILVA, Gisele Passeri. Histórico da mulher no judô, preconceitos, estereótipos e discriminações. Revista Motrivivência. Rio de Janeiro, n. 13447, p. 196-207, dez 1994. Disponível em: https://periodicos.ufsc.br/index.php/motrivivencia/article/viewFile/14666/13447 . Acesso em: 19 out. 2019.
SÓ HISTÓRIA. Joana d’Arc. Virtuos Tecnologia da Informação, 2009. Disponível em: http://www.sohistoria.com.br/biografias/joanadarc/ . Acesso em: 22 nov. 2019.
SOBRINHO. Educação physica feminina. Rio de Janeiro: Typografia do Patronato, 1930.
SOUZA, Eustáquia Salvadora.; ALTMANN, Helena. Meninos e meninas: Expectativas corporais e implicações na educação física escolar. Cadernos CEDES, Campinas, v. 19, n.48, p.52-68, 1999.
SOUZA, Pedro. (16 de Junho de 2017). A nova geração de faixas pretas que vem mudando o cenário do Jiu-Jitsu Feminino. Disponível em BJJForum: http://bjjforum.com.br/a-nova-geracao-defaixas-pretas-que-vem-mudando-o-cenario-do-jiu-jitsu-feminino/ . Acesso em: 31 mar. 2020.
SUPERPROF. Mulheres que se destacaram nos esportes de combate. (2019). Disponível em: https://www.superprof.com.br/blog/mulheres-que-se-destacaram-nos-esportes-de-combate/ . Acesso em: 25 out. 2019.
THOMAS. J. R; NELSON. J. K. Métodos de pesquisa em atividade física. 3. ed. Porto Alegre: Artmed, 2002.
THOMAZINI, Samuel O.; MORAES, Cláudia Emília A.; ALMEIDA, Felipe Q. Controle de si, dor e representação feminina entre lutadores(as) de Mixed Martial Arts. Pensar a prática, v. 11, n. 3, p. 281-290, set.-dez. 2008.
THORNE, Barrie. Gender play: Girls and boys in school. New Jersey: Rutgers University Press, 1993, 237pp.
U.F.C. Ranking dos Atletas. 2019. Disponível em: https://www.ufc.com.br/rankings?rankings_panelist=1082 . Acesso em: 19 out. 2019.
WHITE, Dana. Ronda Rousey faz história e será a primeira mulher no hall da fama do UFC. UFC. 2018. Disponível em: https://www.ufc.com.br/news/ronda-rousey-faz-historia-e-sera-primeira-mulher-no-hall-da-fama-do-ufc . Acesso em: 02 abr. 2020.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Os autores dos textos enviados à Motrivivência deverão garantir, em formulário próprio no processo de submissão:
a) serem os únicos titulares dos direitos autorais dos artigos,
b) que não está sendo avaliado por outro(s) periódico(s),
c) e que, caso aprovado, transferem para a revista tais direitos, sem reservas, para publicação no formato on line.
Obs.: para os textos publicados, a revista Motrivivência adota a licença Creative Commons “Atribuição - Não Comercial - Compartilhar Igual 4.0 Internacional” (CC BY-NC-SA).