Intercâmbios agroecológicos: processos e práticas de construção da agroecologia e da educação do campo na zona da mata mineira
DOI:
https://doi.org/10.5007/2175-795X.2017v35n2p638Resumo
A Educação do Campo vem se consolidando no Brasil, nas últimas décadas, como um paradigma educacional emancipador, protagonizado pelos povos do campo. Também a agroecologia, nesse período, vem se afirmando enquanto ciência, movimento e prática em defesa do desenvolvimento de uma agricultura ecológica, com a autonomia dos sujeitos que a praticam. Na atualidade da sociedade brasileira, a Educação do Campo e a Agroecologia têm, assim, revelado nítidas convergências. São movimentos, conceitos e práticas que, compartilhando uma concepção de campo, projetam um horizonte de libertação e de transformação social; conferem centralidade ao papel exercido por seus sujeitos sociais; valorizam os conhecimentos e práticas historicamente acumulados e, dessa maneira, contrapõem-se às concepções e ideologias que estigmatizam o campo como lugar de atraso e de ausências. No presente artigo, parte integrante de uma pesquisa sobre a formação de agricultores agroecológicos, buscou-se analisar a experiência dos Intercâmbios Agroecológicos, de maneira a evidenciar alguns limites e potencialidades desta dinâmica de formação em curso na região da Zona da Mata mineira. Na realização desses propósitos, conjugaram-se os procedimentos técnicos de entrevistas semiestruturadas, grupos focais e o método de análise de conteúdo. Os resultados revelam, entre outros aspectos, a existência de um vigoroso processo de construção e socialização de conhecimentos agroecológicos, que tem fortalecido as dinâmicas sociais dos agricultores e impulsionado o desenvolvimento da Educação do Campo e da Agroecologia na região.
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