Sexting na adolescência: problematizando seus efeitos no espaço escolar

Autores

  • Suzana da Conceição de Barros Universidade Federal do Rio Grande (FURG)
  • Paula Regina Costa Ribeiro Universidade Federal do Rio Grande- FURG
  • Raquel Pereira Quadrado Universidade Federal do Rio Grande-FURG

DOI:

https://doi.org/10.5007/2175-795X.2015v33n3p1185

Resumo

Neste artigo, temos como propósito analisar o fenômeno do sexting em alguns materiais – reportagens, matérias, programas televisivos, comentários –, postados na internet, a fim de discutir como essa prática está entrelaçada com a escola. O termo sexting é o resultado da união de duas palavras sex (sexo) texting (envio de mensagens).  Esse conceito descreve uma prática sociocultural que consiste no compartilhamento de mensagens escritas, de fotos e de vídeos, de caráter erótico/sensual/sexual, por meio de algumas tecnologias  digitais. Este trabalho é de caráter qualitativo e está vinculado as pesquisas sociais. Para a produção dos dados, utilizamos a internet como instrumento de pesquisa. Para a análise dos dados coletados, utilizamos algumas ferramentas da análise do discurso foucaultiana. Ao realizarmos a análise dos dados, verificamos que a escola está atrelada a questões relacionadas ao sexting, pois quando esta não serve como cenário para a produção dos vídeos e fotos, torna-se um espaço de discussão, comentários e de repercussão dessa prática. Além disso, a mídia massiva, ao mencionar o nome, colocar o endereço e publicar fotos das escolas envolvidas com os casos do sexting, acaba expondo e “punindo” essa instituição. Também evidenciamos que a escola é entendida como um espaço importante para as discussões relacionadas às sexualidades. Nesse sentido, entendemos que o sexting vem produzindo efeitos na escola, o que nos aponta para a necessidade de essa instância discutir temas relacionados aos corpos, às sexualidades, aos gêneros e às tecnologias, para além do enfoque biologicista. 

Biografia do Autor

Suzana da Conceição de Barros, Universidade Federal do Rio Grande (FURG)

Doutora em Educação em Ciências pela Universidade Federal do Rio Grande (FURG). Professora de Ciências no Município do Rio Grande, RS.

Paula Regina Costa Ribeiro, Universidade Federal do Rio Grande- FURG

Possui graduação em Ciências Licenciatura Plena em Biologia pela Universidade Federal do Rio Grande (1985), mestrado em Biociências (Zoologia) pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (1991) e doutorado em Ciências Biológicas (Bioquimica) pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (2002). Atualmente é professora Associada IV do Instituto de Educação, professora do Programa de Pós-Graduação em Educação Ambiental, do Pós-Graduação Educação em Ciências (Associação Ampla FURG/UFRGS/UFSM) e do Pós-Graduação em Educação da Universidade Federal do Rio Grande. Tem experiência na área de Ensino de Ciências e Biologia. Coordena o Centro de Educação Ambiental, Ciências e Matemática - Ceamecim que tem suas ações de ensino, pesquisa e extensão direcionadas as áreas de ciências, biologia, matemática, química, física. Coordena o Grupo de Pesquisa Sexualidade e Escola, atuando principalmente nos seguintes temas: corpos, gêneros e sexualidades. Boslsista produtividade 1D do CNPq.

Raquel Pereira Quadrado, Universidade Federal do Rio Grande-FURG

Doutora em Educação em Ciências pela Universidade Federal do Rio Grande (FURG), Mestre em Educação Ambiental e Graduada em Licenciatura em Ciências - Habilitação Biologia (FURG). Atualmente é professora Adjunta do Instituto de Educação da Universidade Federal do Rio Grande - FURG, professora do Programa de Pós-Graduação em Educação em Ciências (Associação Ampla FURG/UFRGS/UFSM) e do Programa de Pós-Graduação em Educação da FURG. Atua como pesquisadora do Grupo de Pesquisa Sexualidade e Escola e Coordenadora do Curso de Aperfeiçoamento Gênero e Diversidade na Escola (FURG/SECADI/MEC). Tem experiência na área de Educação, Educação para a Sexualidade e Educação em Ciências, com ênfase em formação inicial e continuada de professores, atuando principalmente nos seguintes temas: corpos, gêneros, sexualidades e ensino de ciências e de biologia,.

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Publicado

2016-04-01

Como Citar

de Barros, S. da C., Costa Ribeiro, P. R., & Quadrado, R. P. (2016). Sexting na adolescência: problematizando seus efeitos no espaço escolar. Perspectiva, 33(3), 1185–1204. https://doi.org/10.5007/2175-795X.2015v33n3p1185

Edição

Seção

Artigos de Demanda Contínua