Sentir-se professor ou professora de matemática: percurso de (trans)formação

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5007/2175-795X.2018v36n2p558

Resumo

Neste artigo, apresentam-se os processos de socialização e constituição da identidade profissional de professores de matemática em uma pesquisa realizada com seis graduandos e uma professora de matemática. Durante dois anos, período de desenvolvimento do estágio docente, os futuros professores elaboraram seu memorial, uma prática de formação mediada pela escrita das histórias de vida, com o objetivo de mobilizar o processo reflexivo individual e coletivo, com vistas à aprendizagem profissional. Cada história foi se constituindo a partir dos sentidos que cada um atribuiu às suas experiências anteriores ao ingresso na universidade, ao longo das ações desenvolvidas na formação inicial, e às reflexões sobre elas durante a produção do memorial. Ao contar as suas histórias, os futuros professores e a professora expressaram a sua singularidade, evidenciando o percurso de constituição da identidade profissional, que se definiu a partir das interações sociais nos diferentes contextos socializadores, porém, mais intensamente, na formação inicial e continuada: ao participarem dos diversos espaços de formação, nos quais se apropriaram de inúmeras aprendizagens, ressignificaram outras e puderam compreender que ainda há um longo caminho a ser conquistado, inclusive no que se refere à matemática escolar, que não se revelou tão simples como parecia. Tornar-se e sentir-se professor ou professora de matemática não acontece da noite para o dia: é um processo contínuo e longo, que sofre influências de uma série de fatores sócio-históricos.

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Publicado

2018-07-30

Como Citar

Caporale, S. M. M., & Nacarato, A. M. (2018). Sentir-se professor ou professora de matemática: percurso de (trans)formação. Perspectiva, 36(2), 558–579. https://doi.org/10.5007/2175-795X.2018v36n2p558

Edição

Seção

Dossiê Pesquisas em Formação de Professores que Ensinam Matemática