O ETNOMAPEAMENTO POTIGUARA DAS TERRAS INDÍGENAS DA PARAÍBA: as possíveis abordagens de etnomapas como recurso didático na etnoeducação

Autores

  • Sidnei Felipe da Silva Universidade de Brasília (UnB)
  • Cristina Maria Costa Leite Universidade de Brasília (UnB)

Resumo

O presente artigo visa analisar o ensino de geografia em terras indígenas Potiguara e as possibilidades de abordagem da cartografia por meio do etnomapeamento das Terras Indígenas (TIs) Potiguara da Paraíba em escolas estaduais indígenas, que contam com a educação diferenciada ou etnoeducação ou que possuem uma matriz curricular intercultural e bilíngue. Os povos Potiguara estão distribuídos em 32 aldeias situadas nos municípios de Rio Tinto, Marcação e Baía da Traição, localizadas no litoral setentrional da Paraíba. Nesse sentido, a produção de etnomapas realizada em conjunto por técnicos da FUNAI (Fundação Nacional do Índio) e representantes da etnia Potiguara, apresenta-se como um poderoso instrumento para a relação ensino/aprendizagem em comunidades tradicionais, tendo como objetivo compreender, através dos etnomapas, a dinâmica de suas terras; além de promover ações e reflexões sobre a luta por demarcação de terra e a (re)afirmação étnica e cultural.

Biografia do Autor

Sidnei Felipe da Silva, Universidade de Brasília (UnB)

Doutorando do POSGEA (Programa de Pós-Graduação em Geografia) - UnB (Universidade de Brasília) / Membro do GEAF (Grupo de Pesquisa em Ensino e Aprendizagem e Formação de Professores em Geografia)

Cristina Maria Costa Leite, Universidade de Brasília (UnB)

Professora Doutora do Departamento de Educação e Professora do POSGEA (Programa de Pós-Graduação em Geografia); Líder do GEAF (Grupo de Pesquisa em Ensino e Aprendizagem e Formação de Professores em Geografia)

Referências

ANDRADE, T. M. (et al). Povos indígenas da Paraíba. João Pessoa: Editora Grafset, 2012.

BARCELLOS, L. A. Práticas educativo-religiosas dos índios Potiguara da Paraíba. João Pessoa: Editora da UFPB, 2012.

BRASIL. Lei de Diretrizes de Bases da Educação Nacional,n. 9.394 de 20 dez. 1996.

______. Ministério da Educação e de Desporto. Educação Escolar Indígena: diversidade sociocultural indígena ressignificando a escola.CADERNOS SECAD 3 - Secretaria da educação Continuada, Alfabetização e Diversidade. Brasília: 2007.

______. Ministério da Educação e do Desporto. Referencial Curricular Nacional

para Escolas Indígenas (RCNEI), Secretaria de Educação Fundamental. Brasília: 1998 MEC/SEF.

CALLAI, H. C. Aprendendo a ler o mundo: a geografia nos anos iniciais do ensino fundamental. Cad. Cedes, Campinas, vol. 25, n. 66, p. 227-247, maio/ago. 2005

CARDOSO, T. M.; GUIMARÃES, G. C. (Orgs.). Etnomapeamento dos Potiguara da Paraíba. Brasília: FUNAI/CGMT/CGETNO/CGGAM, 2012. (Série Experiências Indigenas, n. 2)

CASTROGIOVANNI, A. C.; CALLAI, H. C.; KAERCHER; N. A. Ensino de Geografia: prática e textualizações no cotidiano. Porto Alegre: Mediação, 2005.

MOONEN, F.; MAIA, L. M. Etnohistória dos índios Potiguara: ensaios, relatos, documentos. João Pessoa: PR/PB Secretaria da Educação e Cultura do Estado da Paraíba, 1992.

NASCIMENTO, J. M. (Org.). Etnoeducação potiguara: pedagogia da existência e das tradições. João Pessoa: Ideia, 2012.

KANATYO, Marcos. A dimensão política pedagógica na formação de professores indígenas. Apostila dos cursista de formação continuada. João Pessoa, 2004.

RICHTER, D.; MARIN, F. A. D. G.; DECANINI, M. M. S. Ensino de geografia, espaço e linguagem cartográfica. Mercator - volume 9, número 20, 2010: set./dez.

SILVA, A. A. D.; GALENO, A. (Org.). Geografia, ciência do complexus: Ensaios Transdisciplinares. Rio Grande do Sul: Sulina, 2004.

SILVA, S. F. Educação Ambiental em Terras Indígenas Potiguara: concepções e possibilidades na educação de jovens e adultos nas escolas estaduais indígenas do município de Rio Tinto-PB. Saarbrücken, Deutshland:OmniScripitium GmbH & CO. KG, 2015.

SILVA, S. F.; RAMOS, L. S. O “Toré” e o ensino de Geografia – as músicas indígenas na etnoeducação Potiguara da Paraíba. Itinerarius Reflectionis, Goiânia, Vol. 14, n. 2, 2018.

Downloads

Publicado

2019-11-27

Edição

Seção

Artigos Científicos