Horror e(m) tradução: o gótico italiano escrito por mulheres traduzido ao português
DOI:
https://doi.org/10.1590/1806-9584-2025v33n3106795Palavras-chave:
estudos feministas da tradução, gótico italiano, século XIX, Diodata Saluzzo, NeeraResumo
No século XIX, autoras italianas como Diodata Saluzzo, Anna Zuccari (pseudônimo: Neera), Carolina Invernizio, Grazia Deledda, dentre outras, exploraram o gótico, na época um gênero considerado marginal. Por meio da estética do horror, essas autoras exploraram temas como casamentos opressivos, abusos domésticos e marginalização social, expuseram injustiças e crueldades enfrentadas pelas mulheres, desafiando, assim, convenções literárias e sociais da época. Ao considerar a perspectiva dos Estudos Feministas da Tradução, nesse artigo, pretendemos comentar a tradução de dois textos do gótico italiano escrito por mulheres: “O castelo de Binasco” e “Mariposa”, em tradução de Julia Lobão e Karine Simoni, tendo como foco episódios de horror e violência de gênero presentes nesses textos.
Downloads
Referências
BAKHTIN, Mikhail. Teoria do romance II: As formas do tempo e do cronotopo. Trad. Paulo Bezerra. São Paulo: Editora 34, 2018.
BOTTING, Fred. Gothic. New York: Routledge, 1996.
CASTRO, Olga. “(Re)examinando horizontes nos estudos feministas de tradução: em direção a uma terceira onda?” Trad. Beatriz Regina Guimarães Barboza. In: TradTerm, São Paulo, v. 29, 2017. pp. 216-250. Disponível em https://www.revistas.usp.br/tradterm/article/view/134563. ISSN 0104-639X. DOI https://doi.org/10.11606/issn.2317-9511.v29i0p216-250 Acesso em 04/10/2024.
CASTRO, Olga. “Feminismos e tradução: apontamentos conceituais e metodológicos para os estudos feministas transnacionais da tradução.” Trad. Maria Laura Sporturno; Maria Bárbara Florez Valdez, Beatriz Regina Barboza. In: Cadernos De Tradução, 42 (1), 2022. pp. 1–59. Disponível em https://periodicos.ufsc.br/index.php/traducao/article/view/81122. ISSN 2175-7968. DOI: 10.5007/2175-7968.2022.e81122. Acesso em 04/10/2024.
CAVALLI, Annamaria. Oltre la soglia: fantastico, sogno e femminile nella letteratura italiana e dintorni. Milano: Edizioni Unicopli, 2002.
CESERANI, Remo. O fantástico. Trad. Nilton Cezar Tridapalli. Curitiba: Ed. UFPR, 2006.
CESERANI, Remo. Il fantastico. Bologna: Il mulino, 1996.
CORDA, Maria Grazia. Il profumo della memoria: identità femminile e scrittura in Neera. Firenze: Firenze Atheneum: 1993.
ELEONORA, Chiti; FARNETTI, Monica; TERDER, Uta (Orgs.). La perturbante. Das Unheimliche nella scrittura delle donne. Perugia: Morlacchi Editore, 2003.
FARGE, Arlette; DAVIS, Natalie Zemon. “Introdução”. Trad. Maria Carvalho Torres. In: DUBY, Georges; PERROT, Michelle. História das mulheres no Ocidente. Vol. III: do Renascimento à Idade Moderna. Porto: Afrontamento, 1991. pp. 09-17.
FLOTOW, Luise. “Tradução feminista: contextos, práticas e teorias.” Trad. Ofir Bergemann de Aguiar e Lilian Virginia Porto. In: Cadernos De Tradução, 41(2), 2021. pp. 492–511. Disponível em https://periodicos.ufsc.br/index.php/traducao/article/view/75949. ISSN 2175-7968. DOI https://doi.org/10.5007/2175-7968.2021.e75949. Acesso em 04/10/2024.
GHIDETTI, Enrico. “Premesse ottocentesche a una storia del racconto fantastico in Italia”. In: Scrittura e società: studi in onore di Gaetano Mariani. Roma: Herder editrice e libreria, 1985.
GUGLIELMINETTI, Marziano; TRIVERO, Paola. Il romanticismo in Piemonte: Diodata saluzzo. Firenze: Leo S. Olschki Editore, 1993.
LIPPERINI, Loredana (Org.). Le scrittrici della notte. Milano: Il Saggiatore, 2021.
LOBÃO, Julia; SIMONI, Karine. “Donne all’ombra: fantasmas, feitiços e mistérios de autoria feminina na Itália”. In: SALUZZO, D. et al. Lua em foice: autoras italianas de ficção gótica, insólita e de horror. Julia Lobão; Karine Simoni (Org. e trad.). São Paulo: Editora Ex Machina/ Editora Sebo Clepsidra, 2023. pp. 06-22.
LOMBROSO, Cesare. La donna delinquente, la prostituta e la donna normale. Torino: Fratelli Bocca Editori, 1927.
MISSERVILLE, Giuliana. Donne e fantastico: narrativa oltre i generi. Milano: Mimesis Edizioni, 2020.
NEERA. “Mariposa”. In.: SALUZZO, D. et al. Lua em foice: autoras italianas de ficção gótica, insólita e de horror. Julia Lobão; Karine Simoni (Orgs.). São Paulo: Editora Ex Machina/ Editora Sebo Clepsidra, 2023. pp. 87-90.
NEERA. Le idee di una donna. Milano: Libraria editrice nazionale, 1904.
NEERA. Una giovinezza del secolo XIX. Milano: Casa editrice L. F. Cogliati, 1919.
NEERA. Voci della notte. Napoli: Luigi Perro Editore, 1893.
SALUZZO, Diodata. “O castelo de Binasco (Novela do ano 1418)”. In: SALUZZO, D. et al. Lua em foice: autoras italianas de ficção gótica, insólita e de horror. Julia Lobão; Karine Simoni (Org. e trad.). São Paulo: Editora Ex Machina/ Editora Sebo Clepsidra, 2023.
SALUZZO, Diodata. Novelle. Fireze: L.S. Olschki, 1989.
SALUZZO, Diodata. Poesie. Pisa: Tipografia della società italiana, 1802.
ZACCARIA, Giuseppe. “Diodata Saluzzo e i modelli del racconto”. In: GUGLIELMINETTI, Marziano; TRIVERO, Paola. Il romanticismo in Piemonte: Diodata Saluzzo. Firenze: Leo S. Olschki Editore, 1993. pp. 75 – 88.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2025 Revista Estudos Feministas

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
A Revista Estudos Feministas está sob a licença Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional (CC BY 4.0) que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento de autoria e publicação inicial neste periódico.
A licença permite:
Compartilhar (copiar e redistribuir o material em qualquer suporte ou formato) e/ou adaptar (remixar, transformar, e criar a partir do material) para qualquer fim, mesmo que comercial.
O licenciante não pode revogar estes direitos desde que os termos da licença sejam respeitados. Os termos são os seguintes:
Atribuição – Você deve dar o crédito apropriado, prover um link para a licença e indicar se foram feitas mudanças. Isso pode ser feito de várias formas sem, no entanto, sugerir que o licenciador (ou licenciante) tenha aprovado o uso em questão.
Sem restrições adicionais - Você não pode aplicar termos jurídicos ou medidas de caráter tecnológico que restrinjam legalmente outros de fazerem algo permitido pela licença.


