Pensamento lésbico: uma ginga epistemológica contra-hegemônica
DOI:
https://doi.org/10.1590/1806-9584-2021v29n382446Palavras-chave:
ciclo menstrual, força muscular, educação física e treinamentoResumo
Reconhecendo o movimento de lésbicas como corpo político constituído por pessoas e organizações produtoras de identidades lésbicas e outras identidades sexuais contra-hegemônicas, nosso propósito, neste artigo, é apresentar fios teóricos das correntes políticas do pensamento lésbico produzidos no ocidente, sobretudo no século XX. Para tanto, assumimos a pesquisa bibliográfica como dispositivo metodológico, e o resultado é um mapa em aberto do pensamento de ativistas lésbicas precursoras do campo da lesbianidade no ocidente. Aqui, a ginga, ou o gingar, se constitui numa metalinguagem dotada de recursividade e deslocamentos.
Downloads
Referências
ABBOT, Sidney; LOVE, Bárbara. Sappho was a right-on woman: a liberated view lesbianism. New York: Stein and Day Publishers, 1973.
AIREANA. Grupo de los derechos de las lesbianas. Venir al Sul [online]. Paraguay, 2018. Disponível em https://www.aireana.org.py/tomando-fuerza/venir-al-sur/. Acesso em 10/02/2021.
ALVARADO, Andrea. Los desaciertos del VIII Encuentro Lésbico Feminista [online], 2010. Disponível em http://www.caladona.org/grups/uploads/2012/01/los-desaciertos-del-viii-encuentro-lesbico-feminista.doc. Acesso em 10/01/2021.
ARAUJO, Rosangela Costa. “Abrindo a roda: conhecimentos que gingam”. Revista Z Cultural, v. 02, p. 01-19, 2013.
BARBADILLO, Gracia Trujillo. Deseo y resistencia: treinta años de movilización lesbiana en el estado español. Madrid: Egales, 2008.
BENTO, Berenice. “Política da diferença: feminismo e transexualidade”. In: COLLING, Leandro (Org.). Stonewall 40 + o que no Brasil?. Salvador: EDUFBA, 2011. p. 79-110.
BUTLER, Judith. Problemas de gênero. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2003.
CASTRO, Yan María Yaoyólotl. “El Movimiento lésbico feminista en México: su independencia respecto a los movimientos feminista heterossexual y gay y su misión histórica”. In: ENCUENTRO DE LESBIANAS FEMINISTAS DE LATINOAMÉRICA Y EL CARIBE, 6, 2004, México, ALAI. Anais... México/Agencia Latinoamericana de Información - ALAI, 2004.
CLARKE, Cheryl. “Lesbianism: An Act of Resistance”. In: GROSS, Larry; WOODS, James D. The Columbia Reader on Lesbians and Gay Men in Media, Society, and Politics. New York: Columbia University Press, 1990. p. 134-137.
COLETIVO COMBAHEE RIVER. “Manifesto do Coletivo Combahee River”. Plural, Revista do Programa de Pós-Graduação em Sociologia da USP, São Paulo, v. 26, n. 1, p. 197-207, 2019.
COLLINS, Patricia Hill. Black feminist thought: knowledge, consciousness and the politics of empowerment. 2 ed. Nova Iorque: Routledge, 2000.
DALY, Mary. Gynecology: the Metaethics of Radical Feminism. Boston: Beacon Press, 1978.
DORSAINVIL, Monique. Resisting the Margins: Black Lesbian Self-Definition and Epistemology. 2007. Bacharelado (Artes) - Faculty of Emory College of Arts and Sciences, Emory University, Estados Unidos.
FALQUET, Jules. Breve reseña de algunas teorias lésbicas. México: Fem-e-libros, 2004.
FALQUET, Jules. De la cama a la calle: perspectivas teóricas lésbico-feministas. Bogotá: Brecha Lésbica, 2006.
FALQUET, Jules. “História do Coleetivo Cabahee River”. Lutas Sociais, v. 22, n. 40, p. 124-137, 2018.
FRÓES, Teresinha. “Sociedade da informação, sociedade do conhecimento, sociedade da aprendizagem: implicações ético-políticas no limiar do século”. In: LUBISCO, Nídia Maria Lienert; BRANDÃO, Lídia Maria Batista (Orgs.). Informação e informática. Salvador: EDUFBA, 2000. p. 283-306.
GIANNOULIS, Tina. Lesbian Nation [Resenha]. GLBTQ, 2015. Disponível em http://www.glbtqarchive.com/ssh/lesbian_nation_S.pdf. Acesso em 12/02/2021.
GOLDBERG, Michele. “What is a woman? The dispute between radical feminism and transgenderism”. The New Yorker - American Chronicles [online], August 4, 2014. Disponível em https://www.newyorker.com/magazine/2014/08/04/woman-2. Acesso em 12/02/2021.
GONZÁLEZ DE GÓMEZ, Maria Nélida. “Da política de informação ao papel da informação na política contemporânea”. Revista Internacional de Estudos Políticos, Rio de Janeiro, UERJ/NUSEG, v. 1, n. 1, p. 67-93, abr. 1999.
HARAWAY, Donna. “Saberes localizados”. Cadernos Pagu, v. 5, p. 7-41, 1999.
HERÉTICA DIFUSÃO LESBOFEMINISTA. “Textos escolhidos de Audre Lorde”. Herética difusão lesbofeminista, 1992, p. 9. Disponível em https://we.riseup.net/assets/171382/AUDRE%20LORDE%20COLETANEA-bklt.pdf. Acesso em 20/01/2021.
JEFFREYS, Sheila. La herejía lesbiana: Una perspectiva feminista de la revolución sexual lesbiana. Madrid: Ediciones Cátedra; Universitad de Valencia - Instituto de la Mulher, 1996. Disponível em http://porelpanylasrosas.weebly.com/libros/libro-completo-la-herejia-lesbiana-sheila-jeffreys. Acesso em 12/02/2021.
JOHNSTON, Jill. Lesbian nation. New York: Simon & Schuster, 1973.
LAHNI, Cláudia Regina; AUAD, Daniela. “Não é mole não, ser feminista, professora e sapatão: apontamentos de uma história a partir do espaço das lésbicas e da lesbianidade na produção de conhecimento sobre mídia”. Anos 90: Revista do Programa de Pós-Graduação em História [online], Porto Alegre, v. 26, 2019, e2019301. Disponível em https://seer.ufrgs.br/anos90/article/view/90001. ISSN 1983-201X. DOI: 10.22456/1983-201X.90001.
LORDE, Audre. Sister outsider. Freedom: The Crossing Press, 1984.
MALINOWITZ, Harriet. “Estudos lesbianos e teoria cuíer”. Tradução de Tatiana Nascimento dos Santos e Luiza Rocha Rabelo. Revista do Cean, v. 2, jul./dez. 2013.
MOGROVEJO, Norma. “Los encuentros lésbicos feministas latinoamericanos y del Caribe en la era del postfeminismo”. Revista Digital Universitaria, v. 11, n. 9, 1 sep. 2010.
MUJIKA, Lala. “Venir al Sur, Feminismo con F, de Feliz”. Galde [Blog], 2015. Disponível em http://www.galde.eu/venir-al-sur-feminismos-con-f-de-feliz/. Acesso em 12/02/ 2021.
NAVARRO SWAIN, Tania. “Feminismos e lesbianismo: quais os desafios?”. Labrys - Estudos Feministas [online], n. 1-2, jul./dez. 2002. Disponível em https://www.labrys.net.br/labrys1_2/femles.html. Acesso em 12/02/ 2021.
PESSAH, Marian. “Ser lésbica ou lésbika politika”. In: SEMINÁRIO ENLAÇANDO SEXUALIDADES, 2, 2011, Salvador, Uneb. Anais... Salvador: Uneb, 2011.
RAMÍREZ MATEUS, Ana Lucía; CASTELLANOS LEAL, Diana Elizabeth. “Autorizar una voz para desautorizar un cuerpo: producción discursiva del lesbianismo feminista oficial”. Íconos - Revista de Ciencias Sociales, n. 45, p. 41-57, 2012.
RICH, Adrienne. “Heterossexualidade compulsória e a existência lésbica”. Revista Bagoas, v. 4, n. 5, p. 17-44, 2010.
RUBIN, Gayle; BUTLER, Judith. “Tráfico sexual: entrevista”. Cadernos Pagu, n. 21, p. 157-209, 2003.
SANTOS, Luis Carlos. “Ancestralidade e liberdade: em torno de uma filosofia africana no Brasil”. Revista Sul-Americana de Filosofia e Educação, n. 18, p. 48-61, maio/out. 2012.
SILVA, Zuleide Paiva. Sapatão não é bagunça: estudo sobre as organizações lésbicas da Bahia. 2016. Doutorado (Programa de Pós-Graduação em Difusão do Conhecimento) - UFBA, IFBA, UNEB, UEFS, SENAI-CIMATEC, LNCC, Salvador, BA, Brasil.
WITTIG, Monique. El pensamiento heterosexual y otros ensayos. 2 ed. Barcelona: Egales, 2010.
WOOD, Johanna Martina. Patriarchy, feminism and Mary Daly: a Systematic-theological enquiry into daly’s Engagement with gender Issues in christian Theology. 2013. Doutorado (Theology) - University of South Africa, South Africa.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2021 Revista Estudos Feministas
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
A Revista Estudos Feministas está sob a licença Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional (CC BY 4.0) que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento de autoria e publicação inicial neste periódico.
A licença permite:
Compartilhar (copiar e redistribuir o material em qualquer suporte ou formato) e/ou adaptar (remixar, transformar, e criar a partir do material) para qualquer fim, mesmo que comercial.
O licenciante não pode revogar estes direitos desde que os termos da licença sejam respeitados. Os termos são os seguintes:
Atribuição – Você deve dar o crédito apropriado, prover um link para a licença e indicar se foram feitas mudanças. Isso pode ser feito de várias formas sem, no entanto, sugerir que o licenciador (ou licenciante) tenha aprovado o uso em questão.
Sem restrições adicionais - Você não pode aplicar termos jurídicos ou medidas de caráter tecnológico que restrinjam legalmente outros de fazerem algo permitido pela licença.