Pedras no sapato feminino para as trilhas na Educação a Distância (EAD)
DOI:
https://doi.org/10.1590/1806-9584-2023v31n183044Palavras-chave:
gênero, capitalismo, patriarcado, educação a distânciaResumo
Este artigo pretende refletir sobre as mulheres e sua entrada na Educação a Distância que pode (ou não) se apresentar como uma possibilidade de acesso ao ensino superior. De modo a termos uma compreensão mais cabal sobre condições objetivas da mulher no mundo do trabalho capitalista serão evidenciados sob análise conceitual os estudos de Heleieth Saffioti (1976; 1984; 2015) e Silvia Federici (2017; 2021) aliando dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Dessa forma, procura-se compreender a entrada das mulheres no ensino superior a distância, avaliando, por fim, alguns elementos do cenário pandêmico, a superintensificação dos afazeres domésticos, cuidados com familiares e o trabalho precário.
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