Raciocínio geométrico e aprendizagem de congruência de triângulos

Autores

  • Odalea Aparecida Viana Universidade Federal de Uberlândia http://orcid.org/0000-0003-4782-6718
  • Lucas Rafael Pereira Silva Professor da rede estadual de ensino de Minas Gerais, Escola Estadual Antônio Souza Martins.

DOI:

https://doi.org/10.5007/1981-1322.2020.e67627

Resumo

Este trabalho teve como objetivo identificar avanços no raciocínio geométrico de um grupo de alunos submetidos a uma proposta didática no tema congruência de triângulos, a partir da manifestação das habilidades lógica e visual. A sequência didática foi elaborada no âmbito de mestrado profissional em ensino de ciências e matemática e aplicada a alunos do oitavo ano do ensino fundamental, sendo utilizados materiais manipuláveis, slides com animação e o software GeoGebra. As análises dos diálogos e dos registros produzidos pelos alunos, feitas com base no modelo teórico de Van Hiele, permitiram identificar avanços no raciocínio geométrico, já que as atividades promoveram: (a) a formação, a inspeção e a manipulação de imagens mentais, o que permitiu interpretar e deduzir informações a partir de figuras (características da habilidade visual) e (b) o processo de análise acerca das afirmações verdadeiras e falsas, e de tirar conclusões a partir de princípios e evidências (características da habilidade lógica). Considerou-se que a aplicação da sequência didática em outros contextos pode gerar análises de modo a avançar no entendimento a respeito do raciocínio lógico na aprendizagem da geometria.

Biografia do Autor

Odalea Aparecida Viana, Universidade Federal de Uberlândia

Professora aposentada e permanente voluntária do Programa de Pós-Graduação em Ensino de Ciências e Matemática/UFU.

Lucas Rafael Pereira Silva, Professor da rede estadual de ensino de Minas Gerais, Escola Estadual Antônio Souza Martins.

Mestre em Ensino de Ciências e Matemática, professor da rede estadual de ensino de Minas Gerais.

Referências

Bishop, A. L. (1990). Spatial abilities and mathematics achievement – A review. Educational Studies in Mathematics, V.7, 23-40. Recuperado de: https://www.researchgate.net/publication/264174659_Spatial_Ability_and_Mathematical_Achievement_of_Elementary_School_Students

Brasil. (2017). Base Nacional Comum Curricular. Conselho Nacional de Secretaria de Educação. Brasília: Distrito Federal. Recuperado de http://basenacionalcomu m.mec.gov.br/wp-content/uploads/2018/02/bncc-20dez-site.pdf

Carneiro, V. C. (2008). Contribuições para a Formação do Professor de Matemática Pesquisador nos Mestrados Profissionalizantes na Área de Ensino. Bolema, Rio Claro (SP), Ano 21, n. 29, p. 199-222. Recuperado de: http://www.mat.ufrgs.br/~vclotilde/publicacoes/mar172008revisadoVeraClotilde.pdf

Cyrino; M. C. C. C.; Baldini, L. A. F. (2012). O Software GeoGebra na Formação de Professores de Matemática – Uma Visão a Partir de Dissertações e Teses. Revista Paranaense de Educação Matemática, Campo Mourão, Pr, v. 1, n. 1, p. 42 – 62. Recuperado de http://www.fecilcam.br/revista/index.php/rpem/article/viewFile/870/pdf_76

Eysenk, M. W. & Keane M. (1994). Psicologia Cognitiva: um manual introdutório. Tradução de Maria Helena F Gesser e Wagner Gesser. Porto Alegre: Artes Médicas.

Gravina, M. A.(2001). Os ambientes de geometria dinâmica e o pensamento hipotético-dedutivo. (Doutorado em Informática na Educação. Universidade Federal do Rio Grande do Sul). Recuperado de http://www.lume.ufrgs.br/handle/10183/2545

Hoffer, A.(1981). Geometry is more than proof. Mathematics Teacher. V.74, 11-18.

Hohenwarter, M.; Jones, K. (2007). Ways of linking geometry and algebra, the case of Geogebra. Proceedings of the British Society for Research into Learning Mathematics, 27, (3),126-131, 2007. Recuperado de https://pdfs.semanticscholar.org/b65e/a30ab2c756dad8da2e83f07f0ae2028596a3.pdf

Jaime, A.; Gutiérrez, A. (1990). Una propuesta de fundamentación para la enseñanza de la geometría: El modelo de Van Hiele. In: S. Llinares; M. Sánchez, (Eds.), Teoría y práctica en educación matemática. Colección Ciencias de la Educación, Sevilla, España: Alfar. 4, 295-384.

Kosslyn, S. M. (1995). Image and Brain: The Resolution of the Imagery Debate. Cambridge, Mass.: MIT Press.

Lean, G.; Clements.M.T. (1981). Spatial ability, visual imagery and mathematical performance. Educational Studies in Mathematics, V.12, 267- 299.

Leivas, J. P. L.; Fogaça, L. S. (2017). Registros de representação semiótica e geometria dinâmica para o ensino de congruência de figuras geométricas planas. Revista Brasileira de Ensino de Ciência e Tecnologia, Ponta Grossa, v. 10, n. 3, p. 81-100. Recuperado de https://periodicos.utfpr.edu.br/rbect/article/view/3999

Leung, K. C. I.; Ding, L.; Leung, A. Y. L.; Wong, N. Y. (2014). Prospective Teachers’ Competency in Teaching how to Compare Geometric Figures: The Concept of Congruent Triangles as an Example. Korean Society of Mathematical Education. V.18, n. 3, p.171-185. Recuperado de http://koreascience.or.kr/article/ArticleFullRecord.jsp?cn=SHGHEN_2014_v18n3_171

Lovis, K. A.; Franco, V. S. (2013). Reflexões sobre o uso do GeoGebra e o ensino de Geometria Euclidiana. Informática na Educação: teoria e prática. Porto Alegre, v. 16, n. 1, p. 149-160. Recuperado de http://seer.ufrgs.br/index.php/InfEducTeoriaPratica/article/view/26104

Patkin, D.; Plaksin, O. (2011). Congruent Triangles Sufficient and Insufficient Conditions Suggested Milestones for Inquiry and Discussion. Korean Society of Mathematical Education, v.15, n. 4, p.327-340. Recuperado de https://www.researchgate.net/publication/268871350_Congruent_Triangles_Sufficient_conditions_and_insufficient_conditions_Suggested_milestones_for_inquiry_and_discussion

Primi, R.; Almeida, L. S. (2000). Estudo de validação da Bateria de Provas de Raciocínio (BPR-5). Psicologia: Teoria e Pesquisa. V.16. N.2, 165- 173. Recuperado de http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0102-37722000000200009&script=sci_abstract&tlng=pt

Primi, R.; Santos, A. A.; Vendramini, C.M.; Taxa, F.; Muller, F. A. Ukjanenko, M. F.; Sampaio, I.S. (2001). Competências e Habilidades Cognitivas: Diferentes Definições dos Mesmos Construtos. Psicologia: Teoria e Pesquisa, Vol. 17 n. 2, 151-159. Recuperado de http://www.scielo.br/pdf/%0D/ptp/v17n2/7875.pdf

Sternberg, R. J. (2000). Psicologia Cognitiva. Tradução de Maria Regina Borges Osório- Porto Alegre: Artes Médicas Sul.

Usiskin, Z. (1994). Resolvendo os dilemas permanentes da geometria escolar. In: Lindquist, M. M.; Shulte, A. P.(orgs). Aprendendo e ensinando geometria. Trad. de Hygino H.Domingues. São Paulo: Atual.

Van Hiele, P. (1986). Structure and Insight − a theory of mathematics education. Orlando: Academic Press.

Viana, O. A. (2005). O componente espacial da habilidade matemática de alunos do ensino médio e as relações com o desempenho escolar e as atitudes em relação à matemática e à geometria. Tese (Doutorado em Educação). Faculdade de Educação, Universidade Estadual de Campinas, Campinas, SP.

Villiers, M. (2010). Algumas reflexões sobre a teoria de Van Hiele (1986). Revista Educação Matemática e Pesquisa, São Paulo, v. 12, n. 3, p. 400-431. Recuperado de https://revistas.pucsp.br/index.php/emp/article/download/5167/3696

Downloads

Publicado

2020-05-14

Edição

Seção

Artigos