Escritos simbólicos e operações heterogêneas de substituição de expressões: as condições de compreensão em álgebra elementar

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5007/1981-1322.2023.e97451

Palavras-chave:

Registros de Representação Semiótica, Escritos Simbólicos, Aprendizagem Matemática, Álgebra

Resumo

Na aprendizagem de álgebra durante o Ensino Fundamental 2 (EF-2)2, os alunos enfrentam constantemente uma espécie de parede de vidro: os escritos simbólicos, ou seja, a variedade de expressões que combinam números, letras e símbolos de operações, cujo registro semiótico permite-lhes escrever; bem como a heterogeneidade das operações de substituição umas pelas outras dessas expressões. As palavras da língua e da matemática parecem transparentes, como as que designam operações, relações, propriedades das equações e explicam como utilizá-las nos cálculos. Mas, na verdade, para três quartos dos estudantes, e todos aqueles que não estudaram ciências, tal parede é opaca, uma vez que eles não conseguem ver através dela o que os professores veem e que não há meio algum de passar do registro da língua natural, no qual, as operações exigidas para transitar de uma expressão verbal a outra são efetuadas por associações de palavras “que fazem pensar em...”. No entanto, as operações de substituição de expressões simbólicas requerem a análise exclusiva da forma das combinações de números, letras e símbolos das operações.

Biografia do Autor

Méricles Thadeu Moretti, Universidade Federal de Santa Catarina

Doutor em Didática da Matemática. Univ. de Estrasburgo.

http://lattes.cnpq.br/0554663868893915

Referências

Damm, R. F. (1992). Apprentissage des problèmes additifs et compréhension de texte. (thèse de doctorat). IREM, Unistra, IREM, France.

Deledicq, A. e Lassave, C. (1979). Faire des Mathématiques, 4ème. Paris : Cedic.

Drouhard J. P. (1992). Les écritures symboliques de l’algèbre élémentaire. (thèse de Doctorat). Université Paris VII, France.

Drouhard, J. P. e Panizza, M. (2012). Hansel et Gretel et l'implicite sémio-linguistique en algèbre élémentaire. Recherches en Didactique des Mathématiques, N° spécial Enseignement de l’algèbre élémentaire : bilan et perspectives, pp. 209-236.

Duval, R. (1995). Sémiosis et pensée humaine. Berne : Peter Lang.

Duval, R. (2000). Ecriture, raisonnement et découverte de la démonstration en mathématiques, Recherches en Didactique des Mathématiques, 20/2, 135-170.

Duval, R. (2002). L’apprentissage de l’algèbre et le problème cognitif de la désignation des objets. Dans J. P. Drouard et M.

Maurel (dir.) Actes des Séminaires SFIDA-13 à SFIDA-16. Volume IV 1999-2001 (pp.67-94). Séminaire Franco-Italien à l’IREM de Nice.

Duval, R. (2006). Quelle sémiotique pour l’analyse de l’activité et des productions mathématiques ? Relime, N°. 45-81.

Duval, R. (2013). Les problèmes dans l’acquisition des connaissances mathématiques : apprendre comment les poser pour devenir capable de les résoudre ? REVEMAT (Trad. de M. T. Moretti), V. 8, n. 1, 1-45.

Duval R., Campos T. M. M., Barros, L. G. & Dias, M. A. (2015). Ver e ensinar a matemática de outra forma. II. Introduzir a álgebra no ensino: Qual é o objetivo e como fazer isso? São Paulo: Proem Editora.

Duval, R. e Pluvinage, F. (2016). Apprentissages algébriques. I. Points de vue sur l’algèbre élémentaire et son enseignement. Annales de Didactique et de sciences cognitives, 21, pp. 117-152.

Frege, G. (1971), (1891). Fonction et concept. Dans Ecrits logiques et philosophiques (Tr. Imbert), 80-101. Paris: Seuil.

Frege, G. (1971), (1892). Sens et dénotation. Dans Ecrits logiques et philosophiques (Tr. Imbert) 102-126. Paris: Seuil. Revista Eletrônica de Educação Matemática - REVEMAT, Florianópolis, v.18, p. 01-30, jan./dez., 2023. Universidade Federal de Santa Catarina. 1981-1322. DOI: https://doi.org/10.5007/1981-1322.2023.e9745128

Hilbert D. (1922). Neubegründung der Mathematik. Hamburg:Verlag des mathematischen Seminars.

Leibniz, G. W. (1972). Œuvres I (Ed., L. Prenant). Paris : Aubier Montaigne.

Nichanian, M. (1979). La question générale du fondement : écriture et temporalité. (thèse de doctorat). Université des lettres et des sciences humaines de Strasbourg, France. Vergnaud, G. e Durand, C. (1976). Structures additives et complexité psychogénétique, Revue française de pédagogie, 36, pp. 28-43.

Vergnaud, G. (1990). Les champs conceptuels. Recherches en didactique des mathématiques. Vol. 10/2.3, pp. 133-170.

Downloads

Publicado

2023-11-30

Edição

Seção

Traduções