Videoaulas da rede municipal de curitiba na formação de professores que ensinam matemática
DOI:
https://doi.org/10.5007/1981-1322.2025.e97918Palavras-chave:
Formação de professores, Fenomenologia, Videoaulas, Ensino de MatemáticaResumo
Este artigo trata de uma pesquisa qualitativa de abordagem fenomenológica acerca de compreensões de professores sobre videoaulas ofertadas remotamente aos estudantes da Rede Municipal de Ensino de Curitiba, no período da pandemia. Orientada pela interrogação “Que perspectivas se abrem para a formação de professores dos anos iniciais que assistiram as videoaulas de Matemática veiculadas pela Rede Municipal de Ensino de Curitiba?”, cinco docentes que assistiram as videoaulas de Matemática, do Ciclo II, elaboradas e veiculadas em 2020 e 2021, foram ouvidas em um único encontro gravado, ao falarem livremente sobre como as entenderam para processo formativo profissional. Os depoimentos foram transcritos e analisados segundo a abordagem fenomenológica, revelando três grandes regiões de generalização do fenômeno videoaulas-na-formação-docente: Modos de planejar o ensino, Modos de ensinar e Modos de estar em formação. Estas categorias foram discutidas à luz da literatura e dos próprios discursos das participantes, indicando caminhos para formação de professores. Tais caminhos se pautaram nos apontamentos docentes que trataram das fragilidades para incluir atividades diferenciadas no planejamento, das complexidades de aliar o prescrito no currículo da rede municipal com o que necessita se efetivar em sala de aula, bem como de aberturas pedagógicas para formação do professor, endereçando possibilidades didático-pedagógicas. Do estudo, destacam-se a importância de formações ancoradas na realidade da escola com as complexidades evidenciadas no cotidiano das vivências dos professores com seus estudantes, bem como, no envolvimento docente, enraizadas nas preocupações e ocupações pedagógicas que têm potencial de mover os processos formativos escolares.
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