Traduzir é categorizar: Um caso de tradução interlinguística Espanhol-Português
DOI:
https://doi.org/10.5007/2175-7968.2015v35n1p118Resumen
Neste artigo, investiga-se o modo como os processos de categorização e de proeminência ocorrem em fragmentos de Doze contos peregrinos, obra de García Márquez (2011). Para tanto, analisaram-se a versão original, em espanhol latino-americano, e uma versão traduzida, em português brasileiro (PB). Focam-se trechos em que o verbo poner (pôr) surge conjugado no particípio, na acepção de vestir-se, a fim de discutir o conteúdo semântico que as duas línguas expressam nessas situações. Haja vista que não há uma equivalência direta para puesto no PB, quais seriam as opções do tradutor ao encontrar-se com uma estrutura do tipo El niño tiene los zapatos puestos (O menino está usando sapatos)? O que elas poderiam revelar sobre o aparato conceitual humano? Os níveis de categorização teriam as mesmas especificidade e distintividade na língua-fonte e na língua-alvo? Quais informações deixariam de ser expressas e quais se tornariam explícitas após um texto ser traduzido? Com base nas propostas de Rosch (1975; 1978) e Lakoff (1987), constataram-se diferenças que interessam à tradução.
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