A noção de equivalência de Koller: universalismo relativizado?

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5007/2175-7968.2018v38n3p18

Resumo

Neste artigo será discutido o conceito de equivalência tradutória proposto por Werner Koller na 7ª edição de seu livro, Einführung in die Übersetzungswissenschaft (2004). As considerações serão feitas à luz da comparação entre a concepção de linguagem e a concepção de tradução
defendidas pelo autor na obra citada. Partindo do princípio de que a concepção de linguagem adotada por um estudioso da tradução influencia a sua visão de tradução, como defendido por Kopetzki (1996), nosso objetivo é demonstrar que Koller adota uma concepção relativista de linguagem e que sua concepção de tradução e sua noção de equivalência, em alguns aspectos, vão de encontro ao caráter universalista geralmente atribuído a este conceito no âmbito dos Estudos de Tradução.

Biografia do Autor

Carolina Ribeiro Minchin, Universidade de São Paulo, São Paulo, São Paulo

Mestranda do Programa de Pós-Graduação em Língua e Literatura Alemã da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo. Bolsista da CAPES. Bacharela e licenciada em Letras Alemão/Português também pela FFLCH-USP, realizou Trabalho de Graduação Individual em Letras Modernas (TGI) na área da Fraseologia alemã. Atua como professora de alemão desde 2014.

Referências

CATFORD, J. C.. A linguistic theory of translation: an essay in applied linguistics. Oxford: Oxford University Press, 1965.

CRUZ, C. D.. A querela de universalistas e relativistas. In: ________. O trabalho do tradutor: em busca de uma teoria para a prática. São Paulo: FFLCH/USP, 2012, p. 37-52. Originalmente apresentada como tese de doutorado, Universidade de São Paulo. Disponível em: <http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8144/tde-14012013-140329/pt-br.php>. Acesso em: 23 abr. 2017.

FUJIHARA, A. K.. Tipos e graus de equivalência em Koller. In: ________. Equivalência Tradutória e Significação. Curitiba: Universidade Federal do Paraná. 2010, p. 38-44. Originalmente apresentada como dissertação de mestrado, Universidade Federal do Paraná. Disponível em: <http://dspace.c3sl.ufpr.br/dspace/bitstream/handle/1884/25348/FUJIHARA;jsessionid=F5B44E843C983B4320F419739927EE94?sequence=1>. Acesso em: 23 abr. 2017.

FUJIHARA, A. K.. Equivalência tradutória e significação. Estudos Linguísticos. São Paulo, n. 38, abr. 2009, p. 273-283. Disponível em: <http://www.gel.org.br/estudoslinguisticos/volumes/38/EL_V38N1_22.pdf>. Acesso em: 21 abr. 2017.

HALLIDAY, M. et al.. Comparação e tradução. In: ________. As ciências linguísticas e o ensino de línguas. Trad. Myriam Freire Morau. Petrópolis: Vozes, 1974, p. 136-161.

KOLLER, W.. Einführung in die Übersetzungswissenschaft. 7. ed. Wiebelsheim: Quelle & Meyer, 2004.

KOPETZKI, A.. Einheit oder Vielfalt. Universalistische und relativistische Positionen in der Sprachtheorie. In: ________. Beim Wort nehmen. Sprachtheoretische und ästhetische Probleme der literarischen Übersetzung. Stuttgart: M&P, 1996, p. 19-43.

KRZESZOWSKI, T.. Equivalence, congruence and deep structure. In: NICKEL, G. (Org.). Papers in contrastive linguistics. Cambridge: Cambridge University Press, 1971, p. 37-48.

LIPINSKI, K.. Über die Sonderstellung der literarischen Übersetzung. In: KATNY, Andrzej (Org.). Studien zur kontrastiven Linguistik und literarischen Übersetzungen. Frankfurt/Main: Peter Lang, 1989, p. 211-220.

MARTON, W.. Equivalence and congruence in transformational contrastive studies. In: Studia Anglica Posnaniensia, [Poznań], v.1, 1968, p. 53-62.

MUNDAY, J.. Equivalence and equivalent effect. In: MUNDAY, Jeremy. Introducing Translation Studies. Theories and applications. 2. ed. Londres, Nova Iorque: Routledge, 2008, p. 36-54.

NEWMARK, P.. A Textbook of Translation. Nova Iorque, Londres: Prentice Hall, 1988.

NIDA, E. A.. Toward a Science of Translating. Leiden: E. J. Brill, 1964.

NIDA, E. A.; TABER, C. R.. The theory and practice of translation. Leiden: E.J. Brill, 1969.

PYM, A.. Koller’s Äquivalenz revisited. In: The Translator. [S.l.], v. 3, n. 1, 1997, p. 71-79. Disponível em: <http://usuaris.tinet.cat/apym/on-line/reviews/1997_koller.pdf>. Acesso em: 21 abr. 2017.

RICŒUR, P.. Uma “Passagem”: Traduzir o intraduzível. In: ________. Sobre a tradução. Trad. Patrícia Lavelle. Belo Horizonte: UFMG, 2011, p. 59-71.

RODRIGUES, C.. Tradução e diferença. São Paulo: Ed. UNESP, 2000.

SCHLEIERMACHER, F.. Sobre os diferentes métodos de tradução. Trad. Margarete von Mühlen Poll. In: HEIDERMANN, Werner (Org.). Clássicos da teoria da tradução (Antologia bilíngue, alemão-português, v. 1). Florianópolis: UFSC, 2001, p. 26-85. Originalmente apresentada como palestra em 24 jun. 1813, Academia de Ciências de Berlim.

SNELL-HORNBY, M.; VANNEREM, M.. Die Szene hinter dem Text: „scenes-and-frame-semantics“ in der Übersetzung. In: SNELL-HORNBY, M.. Übersetzungswissenschaft – eine Neuorientierung. Zur Integrierung von Theorie und Praxis. Tübingen: Uni-Taschenbücher, 1986, p. 184-205.

WILSS, W.. Übersetzen und Dolmetschen im 20. Jahrhundert. 1. Ed. Saarbrücken: ASKO Europa Stiftung, 1999.

Downloads

Publicado

12-09-2018

Como Citar

Minchin, C. R. (2018). A noção de equivalência de Koller: universalismo relativizado?. Cadernos De Tradução, 38(3), 18–33. https://doi.org/10.5007/2175-7968.2018v38n3p18

Edição

Seção

Artigos