Poética e política: Rafael Alberti, tradutor de Charles Baudelaire

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5007/2175-7968.2020v40n2p153

Resumo

Discutem-se no artigo os aspectos estéticos e políticos da tradução do poeta espanhol Rafael Alberti (1902-1999) para os então denominados Diários íntimos, de Charles Baudelaire, em 1943. Para tanto, considera-se o prólogo escrito por Alberti e a relação entre poetas e poéticas que este gesto tradutório sugere, além do momento em que o texto foi traduzido, que corresponde ao exílio do poeta na Argentina após a Guerra Civil Espanhola. 

Biografia do Autor

Mayra Moreyra Carvalho, Universidade Federal de Juiz de Fora, Juíz de Fora, Minas Gerais,

Mestre em Letras pela Universidade de Brasília e Doutora em Letras pela Universidade de São Paulo, na área de Literatura Espanhola.

Referências

Adorno, Theodor. “Palestra sobre lírica e sociedade”. In: Adorno, Theodor. Notas de literatura I. Tradução de Jorge de Almeida. São Paulo: Duas Cidades, Ed. 34, 2008, p. 65-89.

Alberti, Rafael. Poesía III. Ed. Jaime Siles. Barcelona: Seix Barral, 2006.

Alberti, Rafael. “Prólogo”. In: Baudelaire, Charles. Diarios íntimos. Cohetes. Mi corazón al desnudo. Traducción y prólogo de Rafael Alberti. Buenos Aires: Bajel, 1943, p. 9-14.

Alberti, Rafael. “Prólogo”. In: Vega, Lope de. Cartas sobre Amarilis. Último amor. Prólogo y notas de Rafael Alberti. Buenos Aires: Bajel, 1944, p. 8-15.

Alberti, Rafael. “Prosa II”. In: Marrast, Robert. Memorias. La arboleda perdida. Barcelona: Seix Barral, 2009.

Alberti, Rafael. Prosas encontradas. Recopilación y prólogo de Robert Marrast. Barcelona: Seix Barral, 2000.

Álvarez, Román; Vidal, Carmen-África. “Translating: a political act”. In: Álvarez, Román; Vidal, Carmen-África. Translation, power, subversion. Clevedon: Multilingual matters, 1996, p. 1-9.

Aznar Soler, Manuel. “La historia de las literaturas del exilio republicano español de 1939: problemas teóricos y metodológicos”. Migraciones y exilios. Cuadernos de la Asociación para el estudio de los exilios y migraciones ibéricos contemporáneos, nº. 3, (2002): 9-22. Disponível em: https://dialnet.unirioja. es/ejemplar/161314. Acesso em: 22 de agosto de 2019.

Baudelaire, Charles. As flores do mal. Tradução de Ivan Junqueira. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2012.

Baudelaire, Charles. Diarios íntimos. Cohetes. Mi corazón al desnudo. Traducción y prólogo de Rafael Alberti. Buenos Aires: Bajel, 1943.

Belloto Martínez, Jesús. La traducción y recepción del poema um prosa um España: Le Spleen de Paris de Charles Baudelaire. 2012. Tese (Tesis doctoral) Departamento de Traducción e Interpretación. Universidad de Alicante, Alicante. Disponível em: http://rua.ua.es/dspace/handle/10045/33099. Acesso em: 22 de agosto de 2019.

De Marco, Valeria. “Rafael Alberti no Prado: da iografiasia às iografias do exílio republicano espanhol de 1939”. In: Jasinsky, Isabel (org.). Literaturas em trânsito, teorias peregrinas. Curitiba: Ed. UFPR, 2015, p. 35-60.

Dreyfus-Armand, Geneviève. “La presencia española um Francia: la profunda huella dejada por los republicanos”. Um siglo de inmigración española um Francia. Vigo: Grupo de Comunicación Galicia um el Mundo. (2009): 29-45. Disponível em: http://www.cronicasdelaemigracion.com/libro/ coleccion-cronicas-de-la-emigracion/un-siglo-de-inmigracion-espanola-enfrancia/20120529151425000292.html. Acesso em: 22 de agosto de 2019.

Fornerón, Ivan Martucci. Três poetas e três tempos do exílio espanhol de 1939: Luis Cernuda, Emilio Prados e Max Aub. 2015. Tese (Doutorado em Língua Espanhola e Literaturas Espanhola e Hispano-Americana) – Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, Universidade de São Paulo, São Paulo.

Évrard, Anaëlle. Traductions et traducteurs des Petits poèmes em prose de Baudelaire em Espagne. Du modernismo à la Edad de Plata. 2013. Tese (Doctorat de l’Université de Toulouse) – Université Toulouse le Mirail – Toulouse II. Disponível em: https://tel.archives-ouvertes.fr/tel-01541874/document. Acesso em: 22 de agosto de 2019.

Gagen, Derek. “Marinero um tierra: Alberti’s first ‘libro orgánico de poemas?’”. The Modern Language Review. Vol. 88, nº. 1, (jan. 1993): 91-101.

Gagnebin, Jeanne Marie. Lembrar escrever esquecer. São Paulo, Ed. 34, 2009.

García Montero, Luis. “Alberti, poeta del exilio”. Cuadernos hispanoamericanos. Homenaje a Rafael Alberti. Madrid, nº. 485-486. (Noviembre-Diciembre 1990): 179-188.

García Montero, Luis. Los dueños del vacío. La conciencia poética, entre la identidad y los vínculos. Barcelona: Tusquets, 2006.

Gusdorf, Georges. Lignes de vie I. Les écritures du moi. Paris: Odile Jacob, 1991.

Hermans, Theo. “Norms and the determination of translation. A theoretical framework”. In: Álvarez, Román; Vidal, Carmen-África. Translation, power, subversion. Clevedon: Multilingual matters, 1996, p. 25-51.

Loedel Rois, Germán. Los traductores del exilio republicano español um Argentina. Barcelona, 2012. Tesi doctoral – Departament de traducció – Ciències del llenguatge, Universitat Pompeu Fabra.

Munárriz, Jesús. “La traducciones poéticas del 27”. Cuadernos hispanoamericanos, nº. 697-698. (julio-agosto 2008): 57-103.

Oliveira, Thiago Mattos de. (Re)traduções brasileiras de Mon coeur mis à nu, de Charles Baudelaire. 2015. Dissertação (Mestrado em Língua e Literatura Francesa) – Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, Universidade de São Paulo, São Paulo.

Petra, Adriana. “El momento peninsular. La cultura italiana de posguerra y los intelectuales comunistas argentinos”. Revista IZQUIERDAS, año 3, número 8, (2010): 1-25. Disponível em: https://dialnet.unirioja.es/servlet/articulo?codigo=3394257. Acesso em: 22 de agosto de 2019.

Samoilovich, Daniel. “‘Esta cosita que hablamos nosotros’ o las razones por que um poeta traduce. Caracol. nº. 5, (2013): 18-33. Disponível em: https://www.revistas.usp.br/caracol/article/view/69239/71701. Acesso em: 22 de agosto de 2019.

Scarano, Laura. “El sujeto autobiográfico y su diáspora: protocolos de lectura”. Orbis Tertius, 2(4), (1997): 1-10. Disponível em: http://www.orbistertius.unlp.edu.ar/article/view/OTv02n04a11/4008. Acesso em: 22 de agosto de 2019.

Siscar, Marcos. Poesia e crise: ensaios sobre a “crise da poesia” como topos da modernidade. Campinas: Editora da Unicamp, 2010.

Valéry, Paul. “Situação de Baudelaire”. In: Valéry, Paul. Variedades. Tradução de Maiza Martins de Siqueira. São Paulo: Iluminuras, 2007, p. 21-31.

Downloads

Publicado

19-05-2020

Como Citar

Carvalho, M. M. (2020). Poética e política: Rafael Alberti, tradutor de Charles Baudelaire. Cadernos De Tradução, 40(2), 153–173. https://doi.org/10.5007/2175-7968.2020v40n2p153

Edição

Seção

Artigos