A visão das crianças ribeirinhas com deficiência sobre si e sobre a comunidade
DOI:
https://doi.org/10.5007/1518-2924.2022.e82942Palavras-chave:
Criança, Educação Especial do Campo, Ribeirinhos, Povos do CampoResumo
O presente artigo é recorte de uma pesquisa de Iniciação Científica realizada com o apoio do CNPq e objetiva apresentar a visão da criança ribeirinha com deficiência sobre si e sobre a comunidade em que reside. Realizou-se pesquisa de campo e utilizou-se a fotografia e a entrevista semiestruturada com oito crianças ribeirinhas com deficiência de até doze anos que são atendidas no Centro de Atendimento Educacional Especializado – CAEE no município de Maracanã (PA). Os resultados revelam que as crianças ribeirinhas com deficiência se percebem diferente das demais; revelam gostar de seus cabelos, olhos, boca; quanto à comunidade, revelam gostar da igreja, de coleguinhas, outras dão ênfase aos igarapés e à pesca.
Referências
AFONSO, Tatiana. Famílias de crianças com deficiência mental no contexto ribeirinho amazônico: percepções de pais moradores da Ilha de Combu – PA. Dissertação de Mestrado na Universidade Federal do Pará, Programa de Pós-Graduação em Teoria e Pesquisa do Comportamento, Belém, 2011.
AQUINO, Ligia Maria Leão.; GARCIA, Paola; OLIVEIRA, Denise Rangel Miranda. Pátio escolar na educação infantil e sua apropriação: contribuições a partir da perspectiva das crianças. In: AZEVEDO, Giselle Arteiro Nielsen; RHEINGANTZ, Paulo Afonso; TÂNGARI, Vera Regina (org.). O lugar do pátio escolar no sistema de espaços livres: uso, forma e apropriação. Rio de Janeiro: UFRJ/FAU/PROARQ, 2011. p. 77-87.
BATISTA, Cecilia Guarnieri; CARDOSO, Lucila Moraes; SANTOS, Mara Rúbia de Almeida. Procurando “botões” de desenvolvimento: avaliação de crianças com deficiência e acentuadas dificuldades de aprendizagem. Estudos de Psicologia, v. 11, n. 3, p. 297-305, 2006.
BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade. Diretrizes Operacionais para a Educação Básica nas Escolas do Campo. Brasília: MEC/SECAD, 2002. Disponível em: http://www.mec.gov.br. Acesso em: 14 jul. 2021.
BRASIL. Ministério da Educação. Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva. Brasília: MEC, 2008a. Disponível em: http://www.mec.gov.br. Acesso em: 14 jul. 2021.
BRASIL. Decreto Nº 7.352 de 2010. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2010/decreto/d7352.htm. Acesso em: 14 jun. 2021.
BRASIL. Lei nº 13.146 de 2015 – institui a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13146.htm. Acesso em: 07 jul. 2021.
BRASIL. Ministério do Desenvolvimento Social e Agrário. Guia de Políticas e Programas. Brasília, DF: MDSA, Assessoria de Comunicação, 2017.
BRASIL. Resolução nº 510, de 07 de abril de 2016a. Disponível em: http://conselho.saude.gov.br/resolucoes/2016/Reso510.pdf. Acesso em: 14 jul. 2021.
BRASIL. Lei Nº 13.257, de 8 de março de 2016b. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2016/lei/l13257.htm. Acesso em: maio. 2021.
CAIADO, Katia Regina Moreno; MELETTI, Silvia Marcia. F. Educação Especial na educação no campo: 20 anos de silêncio no GT 15. Rev. Bras. Ed. Esp., Marília, v. 17, p. 93-104, Maio-Ago., 2011. Edição Especial.
CALDART, Roseli Salete. Por uma educação do campo: traços de uma identidade em construção. In: CALDART, Roseli Salete. et al. (org.). Por uma educação do campo: identidade e políticas públicas. 2. ed. Petrópolis: Vozes, 2002.
CANCLINI, Nestor Garcia. Culturas Híbridas: estratégias para entrar e sair da modernidade. Trad. Heloísa P. Cintrão e Ana Regina Lessa. São Paulo: EdUSP, 1998.
CASSIMIRO, Maria Aparecida D’Avila. Os espaços da Educação Infantil no campo na lente das crianças. Dissertação de Mestrado na Universidade do Estado da Bahia, Programa de Pós-Graduação em Educação e Contemporaneidade, Salvador, 2012.
FILGUEIRAS, Ligia Amaral. Crianças ribeirinhas e quilombolas da Amazônia: Crescimento, Determinantes sociais de saúde e Políticas Públicas. Tese de Doutorado na Universidade Federal do Pará, Instituto de Filosofia e Ciências Humanas, Programa de Pós-Graduação em Antropologia, Belém, 2016.
FERNANDES, Ana Paula Cunha dos Santos. A escolarização da pessoa com deficiência nas comunidades ribeirinhas da Amazônia paraense. 2015. Tese (Doutorado em Educação Especial) – Universidade Federal de São Carlos, São Carlos, 2015.
FERNANDES. Ana Paula Cunha dos Santos; FERNANDES, Alexandre Santos. Criança Ribeirinha com deficiência: acesso e acessibilidade na escola. In: Ana Paula Cunha dos Santos Fernandes (org.). Educação Especial do Campo: trilhas, perspectivas e renovação. 1. ed. Belém: EDUEPA, 2021. v. 1, p. 105-115.
FLICK, Uwe. Desenho da pesquisa qualitativa/ tradução Roberto Cataldo Costa. Porto Alegre: Artmed, 2009.
FREIRE, Viviam Rafaela Barbosa Pinheiro; SILVA, Simone Souza da Costa; PONTES, Fernando Augusto Ramos. et al. Atividades Acadêmicas na Rotina de Crianças Ribeirinhas participantes do Programa Bolsa Família, Psic.: Teor. e Pesq., Brasília, v. 29 n. 2, p. 159-166, 2013.
GONÇALVES, Teresinha Maria. Cidade e poética: um estudo da psicologia ambiental sobre o ambiente urbano. Ijuí: Unijuí, 2007.
GÜNTHER, Hartmut; PINHEIRO, José de Queiroz.; LOBO, Raquel Souza. Psicologia ambiental: entendendo as relações do homem com seu ambiente. Alínea, 2004.
IBGE. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. 2010. Disponível em: www.ibge.gov.br. Acesso em: 14 jul. 2021.
LISBOA, Pedro Luiz Braga. A Estação Científica Ferreira Penna/ECFPn (1993-2000). In: LISBOA, Pedro Luiz Braga. Caxiuanã: Populações Tradicionais, meio físico e diversidade biológica. Belém: Museu Paraense Emilio Goeldi, 2002.
LISBOA, Pedro Luiz Braga; BEZERRA; Maria das Graças Ferraz; CARDOSO; Andre Luiz de Rezende. 2013. Caxiuanã: História natural e ecologia de uma floresta nacional da Amazônia. Belém: MPEG. 300p.
MONTEIRO, Flávia Jordana Abreu. Associação entre anemia, fatores de risco e estado nutricional de crianças ribeirinhas no município de Ananindeua – Pará. Dissertação de Mestrado na Universidade Federal do Pará, Programa de Mestrado multidisciplinar em Saúde, Sociedade e endemias na Amazônia, Belém, 2012.
OLIVEIRA, Ivanilde Apoluceno de; MOTA NETO, João Colares. A construção de categorias de análise na pesquisa em educação. In: MARCONDES, Maria Inês; OLIVEIRA, Ivanilde Apoluceno de; TEIXEIRA, Elizabeth. (org.). Abordagens Teóricas e Construções Metodológicas na Pesquisa em Educação. Belém: EDUEPA, 2011. v. 1, p. 167-186.
RAFANTE, Heulália Charalo. Helena Antipoff e o ensino na capital mineira: a Fazenda do Rosário e a Educação pelo trabalho dos meninos “excepcionais” de 1940 a 1948. 247 p. Dissertação (Mestrado) – Programa de Pós-Graduação em Educação na Universidade Federal de São Carlos, 2006.
SILVA, Hilton Pereira da. A saúde humana e a Amazônia no século XXI: Reflexões sobre os objetivos do milênio. Novos Cadernos do NAEA/UFPA, n. 9, vol.1, p. 77–94, 2006.
SILVA, Sara Araújo da; MOURA, Erly Catarina de. Determinantes do estado de saúde de crianças ribeirinhas menores de dois anos de idade do Estado do Pará, Brasil: um estudo transversal. Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 26, n. 2, p. 273-285, 2010.
SILVA, Tomaz Tadeu da. Documentos de identidade: uma introdução às teorias do currículo. Belo Horizonte: Autêntica, 2004.
TOASSA, Gisele; SOUZA, Marilene Proença Rebello. As vivências: questões de tradução, sentidos e fontes epistemológicas no legado de Vigostki. Psicologia USP, v. 21, n. 4, p. 757-779, 2010.
VERESOV, Nicolai. The concepto f Perezhivanie in cultural -historical Theory: content and contexts. In: FLEER, Marilyn; REI, Fernando González et al. (ed.). Perezhivanie, emoticons and Subjectivity, Perspectives in cultural-historical Reserch 1, 2017. DOI 10.1007/978-981-10-4534-9_3
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
As pessoas autoras cedem à revista Zero-a-Seis os direitos exclusivos de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution (CC BY) 4.0 International. Esta licença permite que terceiros remixem, adaptem e criem a partir do trabalho publicado, atribuindo o devido crédito de autoria e publicação inicial neste periódico.
As pessoas autoras têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não exclusiva da versão do trabalho publicada neste periódico (ex.: publicar em repositório institucional, em site pessoal, publicar uma tradução, ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial neste periódico.