A visão das crianças ribeirinhas com deficiência sobre si e sobre a comunidade

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5007/1518-2924.2022.e82942

Palavras-chave:

Criança, Educação Especial do Campo, Ribeirinhos, Povos do Campo

Resumo

O presente artigo é recorte de uma pesquisa de Iniciação Científica realizada com o apoio do CNPq e objetiva apresentar a visão da criança ribeirinha com deficiência sobre si e sobre a comunidade em que reside. Realizou-se pesquisa de campo e utilizou-se a fotografia e a entrevista semiestruturada com oito crianças ribeirinhas com deficiência de até doze anos que são atendidas no Centro de Atendimento Educacional Especializado – CAEE no município de Maracanã (PA). Os resultados revelam que as crianças ribeirinhas com deficiência se percebem diferente das demais; revelam gostar de seus cabelos, olhos, boca; quanto à comunidade, revelam gostar da igreja, de coleguinhas, outras dão ênfase aos igarapés e à pesca.

Biografia do Autor

Ana Paula Cunha dos Santos Fernandes, Universidade do Estado do Pará

Doutorado em Educação Especial pela Universidade Federal de São Carlos (UFSCAR), Mestrado em Educação na Universidade do Estado do Pará (UEPA), Graduação na UFPA. Professora Auxiliar IV na Universidade do Estado do Pará (UEPA), docente nos cursos de licenciaturas do CCSE, do Programa de Pós-Graduação em Educação (PPGED). Líder do Grupo de Estudos e Pesquisas em Educação Especial da Amazônia (GEPEEAm) e coordenadora da Rede Educação Especial do Campo. Atuo na área da Educação, desenvolvo e oriento pesquisas sobre Formação de Professores; Práticas pedagógicas; Políticas; Educação Especial; Pessoa com deficiência; Educação Especial do campo; Criança com deficiência em territórios do campo. Presidente da Comissão organizadora do I, II e III Encontro Amazônico de Educação Especial e I Fórum de Educação Especial no Campo. Ex-membro do Comitê de Ética em Pesquisa (2018-2020). Ex-coordenadora na Coordenadoria de Tutores EaD (NECAD/UEPA). Editora da Revista Povos, Diversidade e Educação (PoDE). Bolsas e Auxílios: 02 Auxílios à pesquisa concluídos (FAPESPA), 01 auxílio à extensão/eventos concluído (CAPES), 01 auxílio à extensão/evento (PROEX/UEPA), 03 bolsas de extensão no país - concluídas (UEPA), 02 bolsas de iniciação científica concluídas (UEPA/FAPESPA), 02 bolsas de iniciação científica concluídas (CNPq), 01 bolsa de pesquisa no país - (Mestrado) concluída (CNPq), 01 bolsa de pesquisa no país - (Mestrado) concluída (CAPES), 01 bolsa de iniciação científica em andamento (UEPA), 01 bolsa de pesquisa no país - (Mestrado) em andamento (CAPES).

Ingrid Dias Nascimento, Universidade do Estado do Pará

Graduanda no 2° ano de Licenciatura em Letras - Língua Portuguesa pela Universidade do Estado do Pará (UEPA), no Campus I, na cidade de Belém, possui CRPL 9,56. Integra o Grupo de Estudos e Pesquisas em Educação Especial da Amazônia - GEPEEAm. Concluiu a pesquisa de Iniciação Científica, como bolsista, no projeto Crianças Ribeirinhas com Deficiência e o Contexto da Inclusão. Atualmente, é bolsista de Iniciação Científica no projeto Políticas e Indicadores Socioeducacionais da Educação Especial no Campo. Integra, também, o grupo de extensão Interpretação de texto e Produção de redação, ainda em formação. Tem experiência em correção de produções textuais correspondentes ao ensino médio, sobretudo em dissertação-argumentativa voltada para o ENEM. Possui especial interesse na área de Literatura Brasileira. Bolsista de Iniciação Científica e membro do Grupo de Estudos e Pesquisas em Educação Especial na Amazônia – GEPEEAm. E-mail: ingriddiasn@gmail.com

 

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Publicado

2022-07-22

Edição

Seção

Dossiê: Bebês e Crianças com Deficiência na Educação Infantil