Solidão/individualismo na docência da educação infantil: consequência ou projeto?
DOI:
https://doi.org/10.5007/1980-4512.2020v22n41p125Abstract
A expansão da Educação Infantil encontra-se no bojo das lutas pelo direito à educação. O processo de ampliação da oferta dessa etapa da Educação Básica tem-se dado, entretanto, de forma complexa e desafiadora, não acompanhado, na maioria das vezes, de investimentos efetivos que promovam condições adequadas para uma educação de qualidade. Nesse sentido, este artigo discute as condições do trabalho docente na Educação Infantil. O estudo, de natureza qualitativa, realizado por meio de entrevistas individuais e grupo focal, aborda o sentimento de solidão e abandono percebido por professoras de Educação Infantil em um município de Santa Catarina. As discussões permeiam eixos temáticos como a fragilidade no suporte pedagógico, a ausência de trabalho coletivo e a precariedade na formação inicial dos Pedagogos. Os principais resultados indicam que o isolamento profissional tem sua origem em como as organizações estruturam seus espaços e suas práticas, o tempo de atendimento e a necessidade da construção de estratégias e políticas que apoiem os diversos segmentos profissionais que atuam nessa etapa da Educação Básica.
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