Princípios orientadores da abordagem Pikler: o olhar pikleriano sobre a perspectiva da educação inclusiva

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5007/1518-2924.2022.e83643

Palavras-chave:

Abordagem Pikler. Pequena Infância. Desenvolvimento lento ou diferente. Educação Infantil. Educação Inclusiva.

Resumo

O artigo destaca-se pela relevância das contribuições da abordagem Pikler para o público alvo da educação especial na perspectiva da Educação Inclusiva na pequena infância. Nesse período, ocorrem mudanças significativas para o desenvolvimento infantil que são primordiais, como o desenvolvimento das habilidades cognitivas e motoras, o que não é diferente para as crianças com deficiência. Nesse contexto, o estudo tem como objetivo contribuir com a prática pedagógica inclusiva na Educação Infantil, levando a inspiração do olhar da pedagogia dos detalhes para as professoras reconhecerem os bebês e crianças bem pequenas. Foi realizada uma análise do levantamento bibliográfico sobre a abordagem Pikler, mapeando esse conhecimento, através de uma revisão qualitativa. Para esse estudo, a pesquisa dedicou-se à análise do capítulo “Desenvolvimento lento ou diferente” do livro “Abordagem Pikler: educação infantil” (2016). Através dessa reflexão crítica, pode-se concluir que os pressupostos de Pikler são de um olhar das professoras que consideram as diferenças, individualidades e potencialidades das crianças com desenvolvimento lento ou diferente respeitando a importância da temporalidade.

Biografia do Autor

Kerolyn Christina Moreira, Universidade Federal Fluminense - UFF

Doutoranda em Ciências, Tecnologia e Inclusão (PGCTIn) na Universidade Federal Fluminense (UFF), Mestre em Diversidade e Inclusão (CMPDI) pelo Instituto de Biologia da Universidade Federal Fluminense (UFF) na linha de pesquisa Produção de Materiais e Novas Tecnologias com foco em Estimulação Precoce e Deficiência Intelectual. Licenciada em Normal Superior. Psicopedagoga Clínica e Institucional. Especialista em Educação Especial e Gestão Pedagógica: Supervisão, Orientação e Inspeção. Atua como Professora da Educação Infantil e Professora do Atendimento Educacional Especializado (AEE) no município de Juiz de Fora - MG. Tem experiência na área de Educação, com ênfase em: Educação Especial/Inclusiva, Atendimento Educacional Especializado (AEE), Educação Infantil e Ensino Fundamental. 

Catia Lacerda Sodré, Universidade Federal Fluminense - UFF

Apresenta graduação em Ciências Biológicas - Modalidade Médica - pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UniRio); mestrado em Química Biológica pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ); doutorado em Química Biológica pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e pós-doutorado pela Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ). É Professora Adjunta do Departamento de Biologia Celular e Molecular do Instituto de Biologia da Universidade Federal Fluminense (UFF). Tem experiência na área de Bioquímica, com ênfase em tripanossomatídeos e fungos. Atua, principalmente, nos seguintes temas: proteoma de Trypanosoma cruzi ; proteoma de fungos; cinética enzimática; metabolismo energético; produção de materiais didáticos para o ensino de Bioquímica; produção de materiais didáticos inclusivos.

Suzete Araujo Oliveira Gomes, Universidade Federal Fluminense - UFF

Professora Associada da Universidade Federal Fluminense. Possui Graduação em Ciências Biológicas pela Universidade Gama Filho (1985), Mestrado em Biologia Parasitária pela Fundação Oswaldo Cruz (1998), Doutorado em Biologia Parasitária pela Fundação Oswaldo Cruz (2003) e Pós- Doutorado em Bioquímica Celular pela Universidade Federal do Rio de Janeiro-UFRJ (2005). Tem experiência na área de Parasitologia, com ênfase em Protozoologia Parasitária Animal, Bioquímica de Microorganismos, Bioquímica de Insetos e Interação Parasito- Vetor, atuando principalmente nos seguintes temas: Trypanosoma rangeli, Trypanosoma cruzi, Rhodnius prolixus e outros Triatomíneos, Sistema profenoloxidase de insetos, Proteases de insetos e parasitos, Isolamento e caracterização de moléculas de parasitos como Glicoinositolfosfolipídeos (GIPLs), GPI-mucinas, Ecto-enzimas: ecto-fosfatases e ecto-ATPases. Atua como membro colaborador externo na pós-graduação em Ciências e Biotecnologia (PPBI)-UFF; como docente permanente e Vice-coordenadora no Curso de Mestrado Profissional em Diversidade e Inclusão (CMPDI)-UFF e como docente permanente e membro da CPG no Programa de de Pós-graduação em Ciências, Tecnologias e Inclusão (PGCTIn)-UFF, orientando projetos de pesquisa, ensino e extensão.

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Publicado

2022-07-22

Edição

Seção

Dossiê: Bebês e Crianças com Deficiência na Educação Infantil