A Importância dos Clássicos na Formação do Pesquisador: o que nos diz os conceitos de socialização, identificação e campo intelectual como campo de poder
DOI:
https://doi.org/10.5007/2175-8077.2014v16n38p154Resumo
O objetivo deste ensaio teórico é defender a importância da leitura dos clássicos no processo de formação e de constituição do sujeito como pesquisador. Constrói-se essa defesa por meio de abordagens teóricas relacionadas aos conceitos de socialização; de identificação (que se relaciona ao conceito de identidade); e por meio da noção bourdiesiana de que o campo intelectual é um campo de um poder. Ao longo da discussão, analisa-se como, por intermédio da socialização, há uma influência tanto da estrutura quanto do próprio sujeito em sua constituição como pesquisador. Por meio do conceito de identificação, percebe-se a influência da subjetividade do sujeito pesquisador ao se identificar ou não com os clássicos que lê, escolhendo aqueles que serão os “seus” clássicos. E, por meio da noção de campo intelectual como campo de poder, considera-se a existência de uma ciência que não é desinteressada e defende-se o perigo dos apuds e da leitura de traduções dos clássicos.
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