Fatores inibidores e facilitadores à implementação da gestão de riscos em órgão do Ministério da Justiça e Segurança Pública
DOI:
https://doi.org/10.5007/2175-8077.2024.e90226Palavras-chave:
Gestão de riscos, Setor público, Fatores associados à gestão de riscos, Modelos de gestão de riscos, Matriz SWOTResumo
Objetivo: Identificar fatores inibidores e facilitadores à implementação da gestão de riscos em um Órgão do Ministério da Justiça e Segurança Pública no Brasil.
Metodologia/abordagem: Trata-se de estudo de caso com coleta de dados, contemplando pesquisa documental e realização de entrevistas. Para o tratamento dos dados, empregaram-se análise de conteúdo e análise SWOT.
Originalidade/relevância: A originalidade deste estudo está em seu foco na implementação da gestão de riscos em órgãos públicos do Brasil, especialmente no Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP). Embora a gestão de riscos seja amplamente discutida no setor privado e internacionalmente no setor público, ainda é um fenômeno relativamente novo no contexto das organizações públicas brasileira.
Principais Resultados: Foram identificados dezesseis fatores para a implementação da gestão de riscos, divididos em oito inibidores e oito facilitadores. As forças estão relacionadas à atuação dos gestores, enquanto as fraquezas se referem à falta de capacitação, conscientização e participação dos servidores. As oportunidades surgem das políticas do governo central, e as ameaças estão ligadas às mudanças na alta gestão.
Contribuições teóricas: A contribuição teórica deste trabalho reside em identificar e classificar fatores inibidores e facilitadores à implementação da gestão de riscos em um órgão do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), fornecendo uma análise detalhada desses fatores com base em evidências empíricas.
Contribuições para a gestão: O estudo analisa fatores que impactam a implementação da gestão de riscos em um órgão de Segurança Pública, enfatizando a necessidade de aprimorar a comunicação e a conscientização dos servidores.
Referências
Andrade, F. S. (2017). Análise de riscos e a atividade de inteligência. Revista Brasileira de Ciências Policiais, 8 (2), 91-116. https://www.researchgate.net/publication/325613607_Analise_de_Riscos_e_a_Atividade_de_Inteligencia.
Associação Brasileira de Normas Técnicas. (2018). Gestão de Riscos – Diretrizes. (ISO 31000: 2018). ABNT. https://www.abntcatalogo.com.br/norma.aspx? ID=392334.
Ávila, M. D. G. (2014). Gestão de riscos no setor público. Revista Controle: Doutrinas e artigos, 12 (2), 179-198. https://doi.org/10.32586/rcda.v12i2.110.
Bardin, L. (1977). Análise de conteúdo. Edições 70.
Blonski, F. (2017). O controle gerencial na perspectiva do New Public Management: o caso da adoção do balanced scorecard na Receita Federal do Brasil. Administração Pública e Gestão Social, 9 (1), 15-30. https://periodicos.ufv.br/apgs/article/view/4912.
Brasil. Presidência da República. Casa Civil. (2019). Decreto n.º 9.662, de 1º de janeiro de 2019. Casa Civil. https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Decreto/D9662.htm
Brasil. Ministério da Justiça e Segurança Pública. (2020). Portaria n.º 86, de 23 de março de 2020. MJSP. https://www.gov.br/mj/pt-br/acesso-a-informacao/governanca/copy2_of_controle-interno/portaria/portaria-no-86-de-23-de-marco-de-2020.pdf/view
Brasil. Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão e Controladoria-Geral da União (2016). Instrução Normativa Conjunta n.º 1, de 10 de maio de 2016. MPOG/CGU. https://www.gov.br/mj/pt-br/acesso-a-informacao/governanca/Gestao-de-Riscos/biblioteca/Normativos/instrucao-normativa-conjunta-no-1-de-10-de-maio-de-2016-imprensa-nacional.pdf/view
Brasil. Tribunal de Contas da União. Secretaria-Geral de Controle Externo (2018). Referencial Básico de Gestão de Riscos. TCU. https://portal.tcu.gov.br/referencial-basico-de-gestao-de-riscos.htm
Bruning, C., Godri, L., Takahashi, A. R. W. (2018). Triangulação em estudos de caso: incidência, apropriações e mal-entendidos em pesquisas da área de administração. Administração: Ensino e Pesquisa, 19 (2), 277-307. https://doi.org/10.13058/raep.2018.v19n2.889.
Carlsson-Wall, M., Kraus, K., Meidell, A., & Tran, P. (2018). Managing risk in the public sector: the interaction between vernacular and formal risk management systems. Financial Accountability and Management, 35 (1), 1-17. https://doi.org/10.1111/faam.12179.
Carvalho, L. N. G., Trapp, A. C. G., & Chan, B. L. (2004). Disclosure e risco operacional: uma abordagem comparativa em instituições financeiras que atuam no Brasil, na Europa e nos Estados Unidos. Revista de Administração, 39 (3), 264-273. http://rausp.usp.br/wp-content/uploads/files/V3903264-273.pdf.
Chermack, T. J., & Kasshanna, B. K. (2007). The use and misuse of SWOT analysis and implications for HRD professionals. Human Resource Development International, 10 (4), 383-399. https://doi.org/10.1080/13678860701718760.
Committee of Sponsoring Organizations of the Treadway Commission. (2004). Gerenciamento de riscos corporativos: estrutura integrada. COSO. https://www.coso.org/Documents/COSO-ERM-Executive-Summary-Portuguese.pdf.
Committee of Sponsoring Organizations of the Treadway Commission. (2017). Gerenciamento de riscos corporativos: estrutura integrada. COSO. https://www.coso.org/Pages/default.aspx.
Falqueto, J. M. Z., Hoffmann, V. E., & Farias, J. S. (2018). Saturação teórica em pesquisas qualitativas: relato de uma experiência de aplicação em estudo na área de administração. Revista Ciências da Administração, 20 (52), 40-53. http://dx.doi.org/10.5007/2175-8077.2018V20n52p40.
Filho, O. M., Araújo, E. A. S., & Quintairos, P. C. R. (2014, 20 a 22 de outubro). A análise SWOT e sua relevância para o planejamento estratégico. III Congresso Internacional de Ciência, Tecnologia e Desenvolvimento. https://unitau.br/files/arquivos/category_154/MCH0396_1427385441.pdf.
Hayashi Jr., P., Abib, G., & Hoppen, N. (2019). Validity in qualitative research: a processual approach. The Qualitative Report, 24 (1), 98-112. https:// nsuworks.nova.edu/cgi/viewcontent.cgi?article=3443&context=tqr.
Leite, P. H. C., Alves, C. A. M., & Filho, C. A. P. M. (2010). Gestão de risco operacional em uma instituição financeira pública que atua no Brasil: um estudo de caso. Revista de Contabilidade do Mestrado em Ciência Contábeis na UERJ, 15 (2), 32-48. http://www.atena.org.br/revista/ojs-2.2.3-06/index.php/UERJ/article/viewFile/893/853
Martins, F. S. (2005). Alternativas Modais de Transporte de Peças Automotivas entre Brasil e Argentina. (Dissertação de mestrado, Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ). http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/DetalheObraForm.do?select_action=&co_obra=127109.
Miguelote, M. G. C., & Viana, J. D. (2020, 20 a 23 maio). Identificação de riscos em projetos de contratação de prestação de serviços com dedicação exclusiva de mão de obra: estudo de caso em instituição pública federal. VIII Simpósio Internacional de Gestão de Projetos, Inovação e Sustentabilidade. http://submissao.singep.org.br/ 8singep/arquivos/282.pdf.
Mikes, A. (2009). Risk management and calculative cultures. Elsevier: Management Accounting Research, 20 (1), 18-40. https://www.researchgate.net/publication/ 223740530_Risk_Management_and_Calculative_Cultures.
Oliveira, D. P. R. (2007). Planejamento estratégico: conceitos, metodologia e práticas (23ª ed.). Atlas.
Oliveira, V. G., & Abib, G. (2023). Risco na administração pública: uma revisão sistemática focada em uma agenda de pesquisas futuras. Revista de Administração Pública, 57 (6), e2022-0419. https://doi.org/10.1590/0034-761220220419.
Palermo, T. (2014). Accountability and expertise in public sector risk management: a case study. Financial Accountability & Management, 30 (3), 322-341. https://doi.org/10.1111/faam.12039.
Paquette, S., Jaeger, P. T., & Wilson, S. C. (2010). Identifying the security risks associated with governmental use of cloud computing. Government Information Quarterly, 27 (3), 245-253. https://doi.org/10.1016/j.giq.2010.01.002.
Ramos, C. (2018). Gestão de riscos corporativos. Como integrar a gestão dos riscos com a estratégia, a governança e o controle interno? (2ª ed.). César Ramos.
Sampieri, R. H., Collado, C. F., & Lucio, P. B. (2013). Metodologia de Pesquisa (5ª ed.). Penso.
Santos, P. O. L., Silva, A. P. B., Neto, J. S., & Sousa Júnior, R. T. (2020). Proposta de construção de modelo de maturidade e, governança e gestão de TIC. Revista Eletrônica de Administração, 26 (2). https://doi.org/10.1590/1413-2311.291.97046.
Silva, D. A., Silva, J. A., Alves, G. F., & Santos, C. D. (2021). Gestão de riscos no setor público: revisão bibliométrica e proposta de agenda de pesquisa. Revista do Serviço Público, 72 (4), 824-854. https://doi.org/10.21874/rsp.v72.i4.3991.
Souza, F. S. R. N., Braga, M. V. A., Cunha, A. S. M., & Sales, P. D. B. (2020). Incorporação de modelos internacionais de gerenciamento de riscos na normativa federal. Revista de Administração Pública, 54 (1), 59-78. https://periodicos.fgv.br/rap/article/view/80970.
United Kingdom. (2001). The Orange Book: management of risk – principles and concepts. HM Treasury. UK. https://www.gov.uk/government/publications/ orange-book.
United Kingdom. (2009). Risk Management Assessment Framework: a Tool for Departments. HM Treasury. UK. https://www.gov.uk/government/ publications/management-of-risk-in-government-framework.
Woods, M. (2009). A contingency theory perspective on the risk management control system within Birmingham City Council. Management Accounting Research, 20 (1), 69-81. https://doi.org/10.1016/j.mar.2008.10.003.
Yin, R. K. (2005). Estudo de caso: planejamento e métodos (3ª ed.). Bookman.
Zangirolami-Raimundo, J., Echeimberg, J. O., & Leone, C. (2018). Tópicos de metodologia de pesquisa: estados de corte transversal. Journal of Human Growth and Development, 28 (3), 356-360. https://doi.org/10.7322/jhgd.152198.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2024 Bruno Cesar Gomes da Rocha, Carlos André de Melo Alves, Gustavo Abib, Francisco Antonio Coelho Junior
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
O autor deve garantir:
- que haja um consenso completo de todos os coautores em aprovar a versão final do documento e sua submissão para publicação.
- que seu trabalho é original, e se o trabalho e/ou palavras de outras pessoas foram utilizados, estas foram devidamente reconhecidas.
Plágio em todas as suas formas constituem um comportamento antiético de publicação e é inaceitável. RCA reserva-se o direito de usar software ou quaisquer outros métodos de detecção de plágio.
Todas as submissões recebidas para avaliação na revista RCA passam por identificação de plágio e autoplágio. Plágios identificados em manuscritos durante o processo de avaliação acarretarão no arquivamento da submissão. No caso de identificação de plágio em um manuscrito publicado na revista, o Editor Chefe conduzirá uma investigação preliminar e, caso necessário, fará a retratação.
Os autores cedem à RCA os direitos exclusivos de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons (CC BY) 4.0 Internacional.
Os autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não exclusiva da versão do trabalho publicada neste periódico (ex.: publicar em repositório institucional, em site pessoal, publicar uma tradução, ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial neste periódico.
Esta licença permite que qualquer usuário tenha direito de:
Compartilhar – copiar, baixar, imprimir ou redistribuir o material em qualquer suporte ou formato.
Adaptar – remixar, transformar e criar a partir do material para qualquer fim, mesmo que comercial.
De acordo com os seguintes termos:
Atribuição – Você deve dar o crédito apropriado (citar e referenciar), prover um link para a licença e indicar se mudanças foram feitas. Você deve fazê-lo em qualquer circunstância razoável, mas de maneira alguma que sugira ao licenciante apoiar você ou o seu uso.
Sem restrições adicionais – Você não pode aplicar termos jurídicos ou medidas de caráter tecnológico que restrinjam legalmente outros de fazerem algo que a licença permita.