Escrita-corpo-experiência e literatura: que pode o escrever (na pesquisa) [em educação matemática]?

Autores

  • Paola Judith Amaris Ruidiaz Universidade Estadual Paulista - Campus Rio Claro
  • Roger Miarka Universidade Estadual Paulista - Campus Rio Claro

DOI:

https://doi.org/10.5007/1982-5153.2018v11n3p13

Resumo

Este artigo trata da escrita como potência criadora, como possibilidade que se abre a experimentar uma ação que envolve relações entre corpo e potência. Para isso, abordaram-se movimentos conceituais de uma pesquisa de doutorado por meio de uma escrita-experimentação. Pratica-se uma cartografia escrita junto à literatura, em que foi tecida uma narrativa de ficção, uma pequena história que ajudou a dar conta dos conceitos a serem trabalhados na pesquisa. Criou-se assim uma grafia do corpo que ajuda a problematizar um discurso de apropriações. Nesse sentido, assumiu-se uma escrita-corpo, escolhendo-se uma política de escrita-híbrida, que desfolhou conceitos que se engendraram no “fazer(-se) pesquisa”. Considera-se que a problematização aqui proposta possa auxiliar no caminho de muitos outros que consigam ser afetados por meio deste texto, para vislumbrar outro modo de fazer pesquisa, em que sejam as próprias palavras que possam dar força aos seus próprios instantes, e que o sujeito pesquisador se constitua ao escrever(-se).

Biografia do Autor

Paola Judith Amaris Ruidiaz, Universidade Estadual Paulista - Campus Rio Claro

Formada como Licenciada em Matemática na Universidade Pedagógica e Tecnológica da Colômbia. Mestre pelo Programa de Pós-graduação em Educação Matemática UNESP (Bolsista CAPES) e atualmente Doutoranda em Educação Matemática na UNESP (Bolsista CAPES) Campus Rio Claro, Sp. Brasil. Orientada pelo Pr. Dr. Roger Miarka. Membro do Coletivo Cronópios e do grupo de pesquisa I-m@go (Laboratório de Experiência e Cria[@]cão) da Universidade Estadual Paulista (UNESP). Desenvolvendo pesquisas na Educação Matemática junto com a Filosofia da diferença. Encarnada nos pensamentos de Nietzsche, Deleuze e Foucault tem constituído o interesse enquanto movimento de pensamento realizado a partir de noções centrais como: formação de professores, corpo, potência, resistência, experiência e escrita.

Roger Miarka, Universidade Estadual Paulista - Campus Rio Claro

Professor no Departamento de Educação Matemática, e por ter realizado  pós-doutorado na Universitat Autónoma de Barcelona.  Membro do grupo Cronopios e do grupo de pesquisa I-m@go (Laboratório de Experiência e Cria[@]cão) da Universidade Estadual Paulista (UNESP).

Busca pensar a Etnomatemática e a Educação Matemática operando obras que assumem a diferença como pedra angular, como aquelas escritas por Deleuze e Foucault. Também tem se dedicado a pensar na potência das imagens e de modos outros de escrever na pesquisa.

Downloads

Publicado

2018-12-12

Edição

Seção

Edição temática