A febre amarela nos livros didáticos de biologia: análise de textos e imagens nas coleções aprovadas pelo PNLD 2018

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5007/1982-5153.2022.e83002

Palavras-chave:

Imagens, Livro de biologia, Valor didático, Carga cognitiva, Determinantes sociais da saúde

Resumo

A ressurgência da febre amarela em vários estados brasileiros, a partir de 2017, demandou a investigação da qualidade das informações sobre a enfermidade nos textos e imagens de livros didáticos de biologia do ensino médio aprovados pelo Programa Nacional do Livro Didático 2018. As imagens foram analisadas quanto ao valor didático, segundo a Teoria Cognitiva da Aprendizagem Multimídia e os textos de acordo com a pertinência de informações sobre os Determinantes Sociais da Saúde e coerência com os Guias de Doenças Infecciosas e Parasitárias e de Vigilância em Saúde, do Ministério da Saúde. Apenas 9/26 imagens analisadas apresentaram valor didático. As informações nos textos sobre a doença eram fragmentadas, reducionistas e descontextualizadas, desconsiderando as implicações das condições socioeconômica, cultural, histórica e política, e as responsabilidades de todos no processo saúde-doença. Esses dados apontam a necessidade de atualização dos textos e melhoria da qualidade das imagens referentes a febre amarela nos livros didáticos.

Biografia do Autor

Renata Felix de Oliveira Ferreira, Instituto Oswaldo Cruz – Rio de Janeiro

Bacharelado em Medicina Veterinária pela Universidade Estácio de Sá (2003). Licenciatura em Ciências biológicas pela Universidade Salgado de Oliveira (2011). Atualização em Ensino em Biociências e Saúde pela Fundação Oswaldo Cruz (2011). Mestrado em Ensino em Biociências e Saúde pelo Instituto Oswaldo Cruz / FIOCRUZ (2021).

Felipe do Espirito Santo Silva-Pires, Secretaria de Estado de Educação do Rio de Janeiro

Licenciatura em Ciências Biológicas pela Universidade Veiga de Almeida / UVA (2001). Especialização em Imunologia de acordo com a Resolução CFBio Nº 017, de 22 de outubro de 1993, do Conselho Regional de Biologia 2a Região / CRBio-02 (2007). Extensão universitária em Mídias na Educação pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro / UFRRJ (2010). Mestrado em Ensino em Biociências e Saúde pelo Instituto Oswaldo Cruz / FIOCRUZ (2014). Doutorado em Ensino em Biociências e Saúde pelo Instituto Oswaldo Cruz / FIOCRUZ (2019). Docente I da Secretaria de Estado de Educação do Rio de Janeiro (SEEDUC-RJ), desde 2007.

Tainá de Oliveira Flor, Instituto Oswaldo Cruz – Rio de Janeiro

Licenciatura em Ciências biológicas pela Universidade Do Grande Rio - UNIGRANRIO (2018). Especialização em Ensino em Biociências e Saúde pela Fundação Oswaldo Cruz (2019). Mestranda no Programa de Pós-Graduação em Ensino em Biociências e Saúde pelo Instituto Oswaldo Cruz / Fiocruz (início em 2020).

Valéria da Silva Trajano, Instituto Oswaldo Cruz - Rio de Janeiro

Bacharelado e Licenciatura em Ciências Biológicas pela Universidade Gama Filho (1990). Mestrado em Ciências pelo Programa de Pós-graduação em Biologia Parasitária do Instituto Oswaldo Cruz (1998). Doutorado em Ciências pelo Programa de Pós-graduação em Ensino em Biociências e Saúde, do Instituto Oswaldo Cruz (2008). Docente I da Secretaria de Estado de Educação do Rio de Janeiro (SEEDUC-RJ), desde 1998. Técnica em Saúde Pública da Fundação Oswaldo Cruz, desde 1987, lotada no Laboratório de Inovações em Terapias, Ensino e Bioprodutos. Coordenadora do curso de Pós-graduação Lato sensu em Ciência, Arte e Cultura na Saúde, desde 2010. Docente do Programa de Pós-graduação Stricto sensu em Ensino em Biociências e Saúde, no Instituto Oswaldo Cruz/Fundação Oswaldo Cruz. Coordenadora do Núcleo em Ensino, Ciências, Espiritualidade e Saúde. Atua nas linhas de pesquisa: Ensino formal e não formal em Biociências e Saúde, Ciência e Arte, Espiritualidade, Religiosidade e Práticas Integrativas e Complementares em Saúde.

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Publicado

2022-11-29

Edição

v. 15 n. 2 (2022)

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