Etnografia de um laboratório de parasitologia: o que gavetas e armários nos dizem sobre o processo formativo de uma cientista?
DOI:
https://doi.org/10.5007/1982-5153.2023.e91112Palavras-chave:
Etnografia de laboratório, Teoria Ator-Rede, Formação de cientistasResumo
O artigo apresenta parte de um estudo etnográfico sobre a formação de uma cientista em um laboratório de pesquisas em Parasitologia, situado em uma grande universidade do sudeste brasileiro. Com referencial teórico e metodológico da Teoria Ator-Rede (TAR), investigamos as associações entre atores humanos e não humanos e as performances produzidas, que configuram o que é o laboratório, a ciência e as pesquisas, assim como o que é preciso aprender para se tornar cientista nesse lugar. Em nossas análises, notamos que gavetas e armários, por exemplo, trazem elementos de pertencimento e da carreira profissional dos cientistas. Além disso, o objeto de estudo da doutoranda que acompanhamos no laboratório, o ascaris, participa de uma divisão entre o mundo interno e o externo ao laboratório. Dessa forma, consideramos necessário perceber as produções de realidades no laboratório nas condições e possibilidades em que o(a) cientista vive, considerando com quem e com o quê ele (a) interage.
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