O que pensam crianças brasileiras sobre a teoria da evolução?

Autores

  • Chrystian Carletti Espaço Ciência InterAtiva, Campus Avançado Mesquita, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio de Janeiro.
  • Luisa Massarani Museu da Vida, Casa de Oswaldo Cruz, Fundação Oswaldo Cruz.

Resumo

Esse estudo investigou as percepções das crianças sobre temas relacionados à teoria da evolução. O trabalho, de caráter qualitativo, foi realizado com 40 crianças de 10 anos de idade de diferentes grupos sociais da região metropolitana do Rio de Janeiro; a coleta de dados ocorreu através de grupos focais e desenhos em grupo. As crianças parecem usar bem critérios de classificação, parecem ter uma boa noção de que os animais podem sofrer mudanças ao longo do tempo e demonstraram dificuldades em definir tempo geológico. Conhecem a palavra evolução, mas parecem não compreender seu significado. Também conhecem algumas teorias científicas, como a explosão do Big Bang, a queda do meteoro que causou a extinção dos dinossauros e a teoria da separação dos continentes. Nossos dados sugerem que evolução e conteúdos relacionados são temas que interessam ao público infantil. Sendo assim, estudos como o nosso podem dar subsídios para desenvolver produtos de divulgação científica que atendam esse público.

Biografia do Autor

Chrystian Carletti, Espaço Ciência InterAtiva, Campus Avançado Mesquita, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio de Janeiro.

Possui graduação em Ciências Biológicas pela Universidade Federal Fluminense (2005), mestrado em Ensino em Biociências e Saúde pela Fundação Oswaldo Cruz (2008). Atua na área de popularização científica e é coordenador de mediadores do Espaço Ciência InterAtiva – ECI – do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio de Janeiro - IFRJ/Campus Avançado Mesquita. Atua como pesquisador da Fundação Centro de Ciências e Educação Superior à Distância do Estado do Rio de Janeiro (CECIERJ) onde confecciona exposições e participa da organização da Feira da Ciência, Tecnologia e Inovação - FECTI.

Luisa Massarani, Museu da Vida, Casa de Oswaldo Cruz, Fundação Oswaldo Cruz.

Possui graduação em Comunicação Social pela Pontifícia
Universidade Católica do Rio de Janeiro (1987), mestrado em Ciência da Informação pelo Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (1998) e doutorado na
Área de Gestão, Educação e Difusão em Biociências pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (2001). Realiza atividades práticas e de pesquisa na área de Divulgação
Científica. Trabalha na Fundação Oswaldo Cruz, onde dirige o Museu da Vida e coordena o Núcleo de Estudos da Divulgação Científica. Coordena, ainda, o Curso de
Especialização em Divulgação da Ciência, da Tecnologia e da Saúde (lato sensu), localizado no Museu da Vida/Casa de Oswaldo Cruz/Fiocruz, e realizado em parceria da Casa da Ciência/UFRJ, Cecierj e Museu de Astronomia e Ciências Afins.

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Publicado

2011-11-01

Edição

Seção

Artigos