O desenvolvimento do raciocínio matemático por estudantes do 5° ano do ensino fundamental

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.5007/1982-5153.2025.e101164

Palabras clave:

processos do raciocínio matemático, estudantes do 5º ano, tarefa exploratória, pesquisa qualitativa, educação matemática

Resumen

Tendo em vista que um passo fundamental para desenvolver o raciocínio matemático em sala de aula é conhecer melhor como os estudantes raciocinam no contexto da disciplina de matemática, este artigo analisa o que se revela a respeito do raciocínio matemático, quando estudantes do 5º ano dos iniciais do Ensino Fundamental resolvem uma tarefa exploratória. Os dados foram gravados em áudio e vídeo e transcritos. Para a análise dessas transcrições, inspirou-se na fenomenologia-hermenêutica. Esta análise buscou compreender os processos de conjecturar, generalizar, justificar e investigar as intervenções do professor enquanto processo-chave para a mobilização desses processos, além de olhar para a forma que aparecem nos registros dos estudantes. Os resultados indicam que a realização da tarefa exploratória proposta gerou discussões proveitosas, o que evidencia que os alunos alcançaram uma maior quantidade de processos de conjecturar e generalizar, somados às intervenções do professor, resultando em justificativas que auxiliam na aprendizagem da Matemática.

Biografía del autor/a

Adan Santos Martens, Universidade Tecnológica Federal do Paraná

Doutorando no Programa de Pós-Graduação em Ensino de Ciência e Tecnologia na Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), Ponta Grossa, Paraná, Brasil. Professor da Carreira de Magistério do Ensino Básico, Técnico e Tecnológico (EBTT) no Instituto Federal do Paraná, Departamento de Matemática, Irati, Paraná, Brasil.

Leandro Quirino dos Anjos, Universidade Tecnológica Federal do Paraná

Mestre em Ensino de Matemática pela Universidade Tecnológica Federal do Paraná, UTFPR, Brasil. Professor da Secretaria Municipal de Educação de Marialva, Paraná, Brasil.

Marcos Gabriel Buzatto Moreira Bueno, Universidade Tecnológica Federal do Paraná

Acadêmico do curso de Licenciatura em Matemática da Universidade Tecnológica Federal do Paraná, UTFPR, Cornélio Procópio, Paraná, Brasil.

Eliane Maria de Oliveira Araman, Universidade Tecnológica Federal do Paraná

Doutora em Ensino de Ciências e Educação Matemática pela Universidade Estadual de Londrina, UEL, Paraná, Brasil. Professora na Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), do Programa de Pós-Graduação Mestrado Profissional em Ensino6 de Matemática (PPGMAT) e do Programa de Pós-Graduação em Ensino de Ciência e Tecnologia (PPGECT), Departamento de Matemática, Cornélio Procópio, Paraná, Brasil.

André Luis Trevisan, Universidade Tecnológica Federal do Paraná

Doutor em Ensino de Ciências e Educação Matemática pela Universidade Estadual de Londrina, UEL, Paraná, Brasil. Professor na Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR)e do Programa de Pós-Graduação em Ensino de Ciência e Tecnologia (PPGECT), Departamento de Matemática, Ponta Grossa, Paraná, Brasil.

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Publicado

2025-08-13

Número

Sección

Artigos