Notas sobre ficção, histórias de vida e pesquisa em educação matemática: a propósito de o Impostor, de Javier Cercas

Autores

  • Filipe Santos Fernandes Universidade Federal de Minas Gerais

DOI:

https://doi.org/10.5007/1982-5153.2018v11n3p165

Resumo

“A realidade mata, a ficção salva” – afirma Javier Cercas ao propor um livro sobre a vida de Eric Marco, sindicalista espanhol que fingiu ter lutado na Guerra Civil Espanhola e vivenciado os horrores de um campo de concentração nazista. Articulando as inquietações de Javier Cercas para a escrita da obra e nosso interesse de relacionar a ficção, as histórias de vida e a pesquisa em Educação Matemática, buscamos neste texto evidenciar o conflitivo espaço da ficção e das histórias de vida na pesquisa e como determinados movimentos epistemológicos no campo da Educação Matemática permitiram uma reconfiguração desse espaço. Dessa discussão, propomos pensar os efeitos de uma estética ficcional na pesquisa em Educação Matemática, convidando-nos a um modo de fazer pesquisa em que a força, a fantasia, a imaginação, a memória e o amor pelas palavras participam intensamente da produção do conhecimento.

Biografia do Autor

Filipe Santos Fernandes, Universidade Federal de Minas Gerais

Doutor em Educação Matemática pela Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” (UNESP/Rio Claro). Professor da Faculdade de Educação da Universidade Federal de Minas Gerais. Membro do Grupo de Pesquisa História Oral e Educação Matemática (GHOEM) e do Núcleo de Estudos e Pesquisas em Educação do Campo (NEPCampo). Atua em pesquisas em História da Educação Matemática e em temáticas que relacionam a Educação Matemática e a Educação do Campo.

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Publicado

2018-12-12

Edição

Seção

Edição temática